sábado, 29 de fevereiro de 2020

Beleza de Menina

Homenagem a Talita Fernanda
Como não nos rendermos diante da beleza e realeza incondicional contida nestas mulheres de cor morena? Como não nos prostrarmos diante destas dádivas esculpidas propositalmente para nos roubar a atenção? É um espetáculo a parte quando elas passam diante de nós tais como musas a desfilar na passarela e nós, delirantes espectadores, ficamos extasiados pela reação de suas impecabilidades. Rendemo-nos, a mulher é definitivamente o maior espetáculo da terra...

A supremacia que vemos em Talita Fernanda, serve nutrir o show feminino que aqui fazemos conta de apresentar, eis que do recanto das belas, Talita tem origem, ela que absolutamente linda, ocupa o pedestal das musas. Ela que no fascínio da juventude da mulher escreve uma história promissora onde a feminilidade de sua imagem revela que ainda tem muito a encantar e seduzir.

Encanta-nos por sua formosura, pelos detalhes que contribuem para a constituição de uma bela mulher, daquela que tem e que sabe o valor e a conseqüência de ser bonita, Talita é a personificação da própria beleza, é a tradução correta daquilo que não conseguimos definir em palavras, sua imagem declara e mostra o poder e a magia envolvente e sedutora da qual só a mulher tem e proporciona.

Em torno das mulheres estão nossos propósitos, é em torno de beldades com a impecabilidade de Talita que o mundo torna-se maleável, é diante de musas de beleza envolvente que a humanidade se prostra, pois, a sedução está de maneira fiel, retratada na imagem de uma bela mulher, e semelhante a isto, está ela que hora homenageamos, uma vez que sua impecável imagem fala por si.

Ela é um colírio natural que nos vivifica os olhos, é presente a nos favorecer as pupilas, ela é prova incontestável do quanto esta região é um berço onde nasceram e tem nascido impecáveis mulheres cujo a propagação da beleza supera os limites de nossas fronteiras. Por isso ela está aqui, pois buscamos externar aquilo que temos a honra em apresentar, a impecável beleza feminina de nossas beldades.

Portanto, a beleza da mulher morena de pés pequenos está em evidência, ela que com charme e na elegância única, é capaz de nos arrancar suspiros. Talita faz parte deste impecável grupo de belas, Talita nasceu para ser admirada, por isso, louvemos o fascínio que ela representa, engrandecida seja por sua magnificente posição de mulher e por sua incontestável condição de linda.


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Essas mulheres...

Homenagem a Talita Santos
Por que razão o mundo gira?

Qual o nosso propósito no universo?

O mundo e os nossos propósitos estão em torno destes seres sublimes, destas dádivas da natureza que possuem a honra de nascer mulher.

A evolução humana tende a se aprimorar com o passar dos tempos. Hoje somos contemporâneos de uma época onde podemos celebrar alguns avanços, dentre esses, o reconhecimento da soberania feminina.

Rendermos-nos aos encantos e a supremacia das mulheres, é um importante salto para nós, os seres providos de razão, diante destas criaturas que em outros tempos foram injustamente discriminadas, coagidas, para não externarem a força de um sexo falsamente propagado como frágil.

Já podemos cantar aos quatro cantos, que a mulher é o maior exemplo da perfeição humana. Talita Santos , existe nesta época de ascensão feminista, onde os encantos destes seres sublimes, nos deixam plenos de fascinação.

Uma fascinação não apenas pela feminilidade de Talita, mas, também, pela beleza imensurável que dela é proveniente, um encanto que salta aos olhos. Entre as tantas mulheres, entre os muitos seres magnificentes, quem não queria possuir a formosura desta bela com sua morenice inebriante?

Nossos louvores são méritos dela, desta  criatura admirável, provida também do espírito de luta, da fé. É para ela que paramos nossos olhos, para esta beldade, para esta artista da vida real, que tem o dom natural de fascinar...

Talita Santos, está além do que nossas palavras tentam expressar, ela é a referência da beleza fundamental.

Às pessoas de bom gosto, que buscam um alento para os olhos, deliciem-se com a imagem desta bela, uma dádiva que concentra em si, a autentica e formidável beleza da mulher.

Alegreme-nos, Talita Santos está entre nós...

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

A beleza da mulher

Homenagem a Natacha Delvechiio

A beleza incondicional da mulher é a mais sublime das belezas, tal qual a própria mulher é a mais sublime das criaturas.

Não há noutras ocasiões ou noutras manifestações daquilo que é belo, algo que se equipare a esta beleza contida no ser humano mulher, possuidoras da atração como nenhum outro exemplo, a mulher como ninguém, tem o poder da sedução...



Neste rol de impecáveis, Natacha Delvechio ocupa a posição das privilegiadas, daquelas beldades que nasceram predestinadas a tornar encantados os olhos que se beneficiam com a invejável formosura contida unicamente nas seletas criaturas.

Na supremacia feminina, impera a hegemonia das belas, destas notáveis espécies de pele e corpos formidáveis que se proliferam e dominam o mundo já seduzido por elas, um mundo habitado não somente por estas mulheres interestelares, mas por mortais comuns que tiveram o privilégio de ser contemporâneos a tais Deusas, Deusas estas que são a personificação exata da perfeição.

Se um dia nos perguntarem sobre o que é o poder e o carisma, diremos sem receio que é a mulher, se ainda persistirem para que citemos um exemplo convincente, diremos sem equivoco, Natacha!

Tal beldade está aqui, para adornar este espaço onde a beleza feminina é reconhecida, um brinde a sorte dos nossos olhos, um brinde a Natacha Delvechio por ela encantar olhares...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Mulher oriental

Homenagem a Tamires Onishi

Aquela que povoa os devaneios de um pensador...

A mulher que desperta o desejo e a cobiça...

Aquela cujo negrume dos cabelos faz inveja a mais bela noite.

A mulher de sorriso meigo e arrebatador, a mesma que tem a sedução ímpar no olhar sedutor de seus olhos puxados...

Quero a maciez de sua pele, o recato de sua cultura, o reservado de sua personalidade.

Quero em minha vida seus mistérios, sua sedução e impecabilidade de sua condição de mulher.

Quero o rubi de seus lábios, a pérola do seu sorrir e de volta aos olhos, quero a jabuticaba madura de suas pupilas.

Desejo a mulher oriental, o sussurro de suas palavras doces e a mansidão de sua voz encantadora.

Mulher oriental de virtudes sem par, sua confiança é jóia preciosa, aquele que a conquista não pode dar-se ao descuido do vacilo...

 Mulher oriental, um tesouro sem igual que inspira poemas em versos e prosas... Mulher oriental de raízes asiáticas, tua supremacia feminina é quem nutre o conflito da minha razão e da minha emoção, mulher oriental, rendo-me a ti!

(Por P.T.S)


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Mãos e pés femininos. Afrodisíacos no passado?

Os fetiches em geral não são novidades de nossa época e estiveram sempre presentes no comportamento humano.

Kathy Lopes - Acervo pessoal
Até mesmo na bíblia encontramos a fascinação por estas extremidades dos corpos femininos, em cânticos dos cânticos 7 – 1 num culto à beleza feminina, lemos: “Ó filha de um príncipe, como são bonitos os seus pés calçados de sandálias”!....

Tamanho fascínio esteve também presente nos contos de fada, a história da Cinderela é na verdade um exemplo de lascívia que pés ou mãos femininas causavam em homens de diferentes tempos.

Este fetichismo explicitou-se  com maior intensidade no século XIX, apesar do clima de sexualidade austera e reprimida que os manuais de comportamento ditavam em especial para as mulheres da época.

 Naquele mundo de corpos cobertos, mãos e pés assumiam um papel afrodisíaco. Para melhor explicar essa situação naquele século, nos embasamos em um trecho do livro “Histórias de Amor no Brasil, de autoria de Mary Del Priore – Uma historiadora bastante indicada para os que estudam o Brasil oitocentista”. Vamos ao trecho:

“Se quase todos procuravam melhorar ou se enfeitar para casar, não faltavam na época critérios de beleza. Partes do corpo, sexualmente atrativas, designavam, entre tantas jovens casadoiras, as mais desejadas. Esses verdadeiros lugares de desejo, para não dizer de obsessão dos leões, gaviões ou gamenhos, atualmente não fazem o menor sucesso.

 Do corpo inteiramente coberto da mulher o que sobrava eram as extremidades. Mãos e pés eram os que mais atraíam olhares e atenções masculinas. Grandes romances do século XIX, como A Pata da Gazela ou A Mão e a Luva revelam, em metáforas, o caráter erótico dessas partes do corpo. Mãos tinham de ser longas e possuidoras de dedos finos acabando em unhas arredondadas e transparentes.

Vejamos José de Alencar descrevendo uma de suas personagens, a Emília: “Na contradança as pontas de seus dedos afilados, sempre calçados nas luvas, apenas roçavam a palma do cavalheiro; o mesmo era quando aceitava o braço de alguém.” Não apenas os dedos eram alvo de interesse, mas seu toque ou os gestos daí derivados revelavam a pudicícia de uma mulher. O ideal é que estivessem, sempre, no limite do nojo ou da repugnância por qualquer contato físico.

Pequenos, os pés tinham de ser finos, terminando em ponta; a ponta era a linha de mais alta tensão sensual. Faire petit pied era uma exigência nos salões franceses; as carnes e os ossos dobrados e amoldados às dimensões do sapato deviam revelar a pertença a um determinado grupo social, grupo no interior do qual as mulheres pouco saíam, pouco caminhavam e, portanto, pouco tinham em comum com as escravas ou trabalhadoras do campo ou da cidade, donas de pés grandes e largos.

Os pés pequenos, finos e de boa curvatura, modelados pela vida de ócio, eram emblemas de “uma raça”, expressão anatômica do sangue puro, sem manda de raça infecta, como se dizia no século XVIII. Circunscrita, cuidadosamente embrulhada no tecido do sapato, essa região significou, muitas vezes, o primeiro passo na conquista amorosa.

 Enquanto o príncipe do conto de fadas europeu curvava-se ao sapatinho de cristal da Borralheira, entre nós os namoros começavam por uma “pisadela”, forma de pressionar ou de deixar marcas em em lugar tão ambicionado pelos homens.  

Tirar gentilmente o chinelo ou descalçar a mulher era o início de um ritual no qual o sedutor podia ter uma vista do longo percurso a conquistar. Conquista que tinha seu ponto alto na “bolina dos pés”, afagos que se trocavam nessa zona altamente sensível”.

DEL PRIORE, Mary. História do Amor no Brasil. São Paulo: Contexto, 2006. p 153-154.

Fotos: Kathy Lopes.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Beleza inebriante

Homenagem a Bianca Garcia

O que mais nos prende a atenção?

A beleza feminina...

Neste ensejo, a beleza morena, com seus caprichos e sua grandeza de detalhes capazes de hipnotizar, a beleza poética de quem tem a seu favor, olhos tomados pela mesma admiração de quem assiste um espetáculo...

Espetáculo mulher, esmero da natureza que ao compor os seres dotados de feminilidade, deixou obvio sobre quem supera comparações, quando belas, elas nutrem devaneios, elas povoam sonhos, elas fascinam...

Assim, Bianca Garcia se faz fascinante... Quisera relatar em palavras aquilo que para os olhos é agradável, porém a apreciação quando tamanha não se resume em frases, não se detalha em dizeres, não se define em escritos, quando assim, a maneira viável da definição está no ato da contemplação, no prazer de olhar para uma imagem que fala por mil palavras, diante de tal ocasião, nos calamos, pois, aqui está ela, a favorecer nossos sentidos...

Descrevê-la com exatidão, está fora de nossas possibilidades, pois, ela, ela supera a si e a tantas outras, ela é sonho inatingível, é utopia a permear o cérebro dos que viajam, não há poema que se assimile as linhas de seu corpo, ela é o feito de uma arquitetura divina, seu rosto é explicitamente lindo...

Assim é ela, ela que nasceu para ser admirada, ela que está além dos nossos discursos, ela que por sua enormidade de musa, está sendo louvada...

Louvemo-na, pois, uma vez bela, a mulher ganha o status de Deusa, uma vez Deusa, ela tem para si um séquito de súditos sempre prostrados diante do pedestal que por ela é pisado, impossível é não admirá-la, impossível é não tecer elogios à ela, pois, ela está entre aquelas que adornam o mundo em que vivem.

Um salve a beleza feminina, um brinde a Bianca Garcia...








sábado, 22 de fevereiro de 2020

Beleza ímpar

Homenagem a Dyovana 

Se ela fosse uma fotografia eu diria sem medo: Ela não é uma selfie.

Ela é muito mais que uma sequência aleatória de fotos a procura do seu melhor ângulo.

Ela não tem “um” melhor ângulo, ela é bonita em todos eles, mas, quando ela se distrai, aí sim, tem lá seu charme extra.

Ela foi planejada detalhe por detalhe, contraste, matiz e saturação, feita pra se adaptar aos dias de muita ou pouca luz. Quase igual a todas as outras, mas quem olha de perto, sabe que ela tem lá suas nuances.

Ela me olha com aqueles olhos que conversam com os meus, mas que eu nunca sei responder à altura. E quando ela sorri, puxa vida, eu me desconcerto...e ela? Bom, ela sempre disfarça. Finge que não viu, mas lá no fundo eu sei que por dentro ela sorriu.

Se ela fosse um concerto, eu diria sem medo: ela não é qualquer concerto.

Ela é desses que a gente se põe a ouvir, e vive, e vibra, e se emociona a cada nota, e antes que acabe você já se lamenta, e até pergunta se amanhã tem outra vez.

E ela sempre está lá, na manhã seguinte, com seu dom de causar mais efeitos no cérebro que qualquer obra de Mozart. Um efeito que é só dela, que só se entende vagamente quem de perto acompanha cada um de seus compassos.

Ela é poesia da cabeça aos pés. É surpreendente a cada página. É melancolia no cabeçalho, e euforia já no rodapé. Ela derrama felicidade pelos olhos quando só a curva do sorriso não suporta toda a alegria que ela tem por dentro.

Aliás, que curva linda ela tem.

E por falar no que ela tem por dentro... ela sempre se supera. Beleza mesmo ela cultiva além da pele. Só encontra quem consegue ver além do que olhos veem.

Texto de Priscilla Dias Cavalcante

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Autoestima feminina

Homenagem a Juliana Souza
O físico de uma mulher, corresponde exatamente ao seu humor. Uma mulher com a autoestima elevada está sempre linda. O sorriso fica mais bonito, o cabelo mais sedoso, o seu jeito de andar se torna muito mais sexy. A beleza interior é que se joga para fora, aflorando todos os instintos sedutores e confiantes.

Mulher é um ser indescritível, cada uma possui sua própria personalidade e o seu próprio charme. Então, nunca tente compara-la com a fulana. Elas precisam sentir-se importantes, e o cargo é sobrecarregado todinho à vocês, Homens. Sempre que possível, elogie seu novo corte de cabelo, a sua maquiagem e diga o quanto adorou o seu perfume. Pois um elogio vindo deles é sempre especial.

Gostamos de ser elogiadas! Sim, toda mulher A-D-O-R-A ser elogiada.

De início, tentamos mostrar que um simples elogio é indiferente, mas na verdade, muda muita coisa quando se fala em autoestima. Todo agrado seja ele qual for, conta pontos, também ajuda para se ter do lado uma mulher mais segura de si.

Para quem não gosta de mulheres ciumentas, ai está uma ótima ideia... Valorize a mulher que tem do lado, agrade-a, elogie ela todos os dias, assim ela irá sentir-se muito mais confiante, tanto na vida pessoal como na vida amorosa, e provavelmente não irá lhe incomodar com o ciúme.

Em síntese, podemos dizer que estar de bem consigo mesma, melhora tudo a nossa volta. Devemos nos gostar da maneira que somos, independente de raça, religião, altura, se é mais baixa ou mais alta, gorda ou magra, loira ou morena. Devemos ser mulheres, a todo momento, mostrar para o mundo quem somos. E claro, elogiarmos muito a nós mesmas, todos os dias em frente ao espelho!



Texto de Marcelly Guizzo

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Negra

Homenagem a Amanda Silva

Ela é pop.
Ela é rock.
Ela é funk.
Ela é samba.
Ela não se define,
porque quem se define se limita.
E não há limites pra ela.
Ela descobriu sua essência,
sua verdade, sua liberdade.
Ela não precisa provar nada a ninguém.
Não é cabelo "duro".
É crespo, natural.
Ela é assim,
riso fácil,
brilho no rosto,
e aquele jeito que encanta onde ela chega.
Ela é negra,
e é desse jeito que ela reluz!

Poema de Claiton de Paula

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Ah, a beleza feminina

Homenagem a Jéssica Laiane Antonio
Comparada às mais belas obras da natureza,
A beleza feminina a cada dia mais se difere nos mínimos detalhes...
É uma dádiva de equilíbrio e pluralidade descompromissados com a sensatez...
Curvas e contornos são horizontes presentes nos mais íntimos sonhos de descobrimentos
É um verdadeiro mirante, onde é permitido o devaneio somente àqueles que têm a delicadeza e a sensibilidade afloradas nas retinas, que brilham atentamente diante de cada detalhe, do olhar, do sorriso, do formato, das mais diversas expressões...
Além da percepção e emotividade auditivas, sentidas na doce suavidade sonora feminina.
Inegável que cada gesto, olhar e sorriso conotam ‘descomparações’ diferenciadamente especiais...
E a inspiração aflora... hoje, agora... A toda hora...

Texto de Alexandre Aleolipa.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Atravéz dos olhos de Deus

Homenagem a Kathy Lopes
Beleza feminina;
tão terna e delicada,
sensivel e formosa;
revelando os encantos da alma.

Fascina e conquista;
meiga, rara, rosa linda;
por do sol em dias de primavera.

Que segredos escondes por tràs
desse sorriso; ele traduz mistèrios
que atrai a admiração dos homens.

Beleza rara, sorte divina;
turbilhão de emoção se enche o meu coração; aliança com os anjos, em ti se compõe a mais bela canção.

Estrela guia, lua cheia ao nascer;
todas essas belezas foram inspiradas em você, mas nenhuma transcreve o seu bem querer.

Sagrado e sagramentado es o meu sentimento por ti; Deus desenhando você, pensou em nenhuma
outra beleza maior existir.

Texto de Rogério. B. Santos

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Ser Mulher

Homenagem a  Karol Mazzotti

Ser Mulher, é encarar os desafios da vida. e não desistir da luta, de uma forma qualquer. ser mulher é ter decisão, e envolver-se com razão nas questões que se tem.

Ser mulher é deixar transparecer a sensibilidade nos olhos nos momentos ruins, é ser o ombro amigo a quem precisa, é ocultar os desejos, os sentidos, para explodi-los em emoção, ser mulher é ser menina ao mesmo tempo, é se reconhecer numa canção.

Ser mulher é ser honesta com os outros e consigo, ser mulher é conviver numa sociedade machista, e tê-los como amores ou amigo.

Ser é ser verdadeira, e encantar a quem nos conhece, ser mulher é ser amor, ser como uma flor que todo dia floresce.

Texto de Denise Mourão

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Mestre Vitalino - Vida e Obra




Vitalino Pereira dos Santos - Mestre Vitalino (1909-1963), nascido no distrito de Ribeira dos Campos, nas cercanias da cidade de Caruaru, em 10 de julho. Casado com Joana Maria da Conceição, segundo contam, era tímido, cordial, amigo de todos, fala amável, franzino, pele áspera queimada de sol, cabelo escovinha, bigode raso, católico tradicional, devoto de Padre Cícero e festeiro. Como muitos, era analfabeto pois, praticamente, não existiam escolas na região.


 
O pai trabalhava na roça e a mãe além de o ajudar era louçeira. Fazia panelas, potes, jarros, alguidares, pratos, mealheiros etc. Vitalino desde criança brincava modelando com as sobras de barro de sua mãe. Voltado para o lúdico, fazia bichos: cavalos, bodes, vacas etc. Note-se que, naquela época, as crianças, principalmente do interior, não tinham acesso a brinquedos produzidos industrialmente, como os hoje existentes, feitos de plástico, baratos, bonitos e abundantes nas lojas. Para se entreter tinham que fazer eles próprios os seus objetos.

Aproveitando que o pai e o irmão vendiam na feira peças que sua mãe fazia, Vitalino passou a mandar para lá os bichinhos e outras coisas que modelava. Vendia barato e ganhava uns vinténs. Tinha uns 7 anos na ocasião. Com o passar do tempo, já com mais idade, passou a abordar outros temas em seus trabalhos. Assim começou o registro em barro, do homem do agreste nordestino, através de cenas do cotidiano rural: sua gente, usos e costumes.

Passados os anos, Mestre Vitalino, em 1947, já com 38 anos, continuava a viver da roça e de modelar bonecos. Estimulado pelo artista plástico e colecionador pernambucano Augusto Rodrigues, que admirava a excelência de seu trabalho, foi morar emAlto do Moura, localidade próxima de Caruaru, distante somente 8 km, com sua mulher e filhos. 

Em Alto do Moura, Vitalino ficou perto da famosa Feira de Caruaru, que tinha centenas de barracas onde se comercializava de tudo. Na sua banca oferecia bonecos feitos com barro. Logo seus trabalhos ganharam fama tornando-o conhecido e admirado. Com singular destreza, esculpia cenas do cotidiano sertanejo em que vivia. Seus trabalhos eram diferentes dos levados pelos outros artesãos que abordavam sempre os mesmos temas: animais, maracatus, bumbas, cinzeiros, potes, jarros, pratos, moringas, etc.

O sucesso de Mestre Vitalino como “bonequeiro” repercutiu junto aos seus companheiros de Alto do Moura que passaram a admirar o seu talento. Isto fez com que muitos passassem a esculpir bonecos. Dentre esses, os principais eram: Zé Caboclo, Manuel Eudócio, Elias Francisco dos Santos, Zé Rodrigues, Manoel Galdino, Luiz Antonio da Silva, hoje conhecidos como seus “discípulos”.

Importante salientar que estes seguidores contaram sempre com ajuda de Vitalino, que não tinha medo da concorrência e via de bom grado a participação dos amigos, nunca se negando a transmitir seus conhecimentos e suas técnicas: o trato do barro (escolher o barro, socar, peneirar, armazenar); os cuidados com a secagem das peças (secagem natural, à sombra, para evitar rachaduras durante a queima); e a correta queima no forno a lenha (esquente, manutenção e elevação da temperatura e o esfriamento).

A amistosa relação mestre/discípulos criou um clima onde todos se ajudavam assimilando entre si técnicas e temas. Muitas criações eram copiadas de um e produzidas por outro.Não havia o dono da cena, o detentor do direito daquela imagem. Copiar obra de outro companheiro era prática aceita com naturalidade por todos. 


Eis um exemplo: a modelagem da figura “Noiva  na garupa do cavalo do Noivo” foi criada por Vitalino, no entanto, Manuel Eudócio, Luiz Antonio e outros copiavam sem haver ressentimentos. Consideravam o plágio como uma lisonja. Mestre Vitalino dizia: “o mundo é para todos e todos precisam viver”.


 
Os “bonequeiros” de Alto do Moura retratavam, dentre muitas, as seguintes cenas do cotidiano sertanejo:Terno de zabunba, Família de retirantes, Enterro na rede, Festa de casamento, O Marchante cortando carne,  Barbeiro de feira,  Aguadeiro carregando água, Pescador com vara e anzol, Cavador de açude,Mulher com lata d¢ água na cabeça, Mulher apanhando algodão, Casa de farinha, Carro de boi, Delegado, Vacinação, Dentista, Fotógrafo,  Violeiros, Engraxate,Delegado, Banda (Procissão de Zabumba), O Palhaço, Noivos (casamento a cavalo), Vaqueiro derrubando o boi, Cavalo, Boi, Caçador, Agricultor voltando da roça, Vaquejada, Doutor auscultando o doente, Curral de boi, Centauro, Homem com cachorro, Homens com arado, Homens na lavoura, Ordenha, Médico operando o doente, Comedores de Banana, Time de Futebol, Banda de Pífanos, Crucifixo, Lampião sereia, Lampião e Maria Bonita, São Francisco cangaceiro,Conselho dos bichos e Carro de noivos, Menino sentado no penico, Velho pensando, Velho acocorado soprando fogo na roça, Escola radiofônica, Roberto Carlos cantando, Cavalo-marinho, Bumba-meu-boi, Os Três no Forró, Terno de Pífanos, Cangaceiros, Lampião a Cavalo, Procissões, Família Retirante, Bumba-Meu-Boi.

Dizem que o primeiro grande sucesso de Vitalino, dos 130 tipos que criou, foi a cena: “Gatos maracajás trepados numa árvore, acuados por um cachorro, e embaixo o caçador fazendo pontaria com a espingarda".




A integração entre o pessoal de Alto do Moura era tanta que haviam “bonequeiros” que dividiam um mesmo espaço, trabalhando no mesmo cômodo da casa. Na hora de colocar a marca de autoria na peça, não era usual assinar e sim marcar com carimbo, de tão amigos que eram, usavam, se necessário, o carimbo do colega, pelas mais diversas razões: não possuíam, tinham perdido o seu etc. Mas, entre eles, cada um sabia o que tinha feito, o que era seu, que tinha seu traço, seu estilo.

Outra prática que ocorria era vender trabalhos sem gravar o nome do autor. Tanto que é comum encontrar, hoje em dia, entre as peças expostas em museus e constantes em livros e catálogos, a anotação “autoria desconhecida”.

Os “bonequeiros” se juntavam quando recebiam uma encomenda de vulto. Certa ocasião um deles tinha de produzir 2.000 figuras retratando Agentes de Viagens para um evento em Recife. A solução foi formar um mutirão, com muitos trabalhando simultaneamente na encomenda, para que a entrega fosse feita no prazo combinado. Quando receberam repartiram o valor em função da produção de cada um.

Havia um grande clima de camaradagem em Alto do Moura, que se expressava de diversas maneiras: se havia espaço no forno queimavam também as peças do companheiro; quando estavam participando da feira, expunham e vendiam também os trabalhos dos que não podiam estar presentes ; se o freguês quisesse uma peça não disponível, levavam o cliente para ser atendido por outro. Estas e muitas outras formas de convivência humana, harmoniosa e prestativa, demonstra o bom relacionamento que existia entre eles.

Os Retirantes. Cena típica modelada por inúmeros ceramistas de Caruaru.
Os “bonequeiros” se profissionalizaram e viviam do ofício. Expunham seus trabalhos na Feira de Caruaru, principalmente aos sábados, dia de maior movimento. No entanto, face às dificuldades do transporte e do risco de quebra das peças no manuseio, tanto na ida quanto na volta, passaram a vendê-las em suas próprias casas em Alto do Moura. Outra vantagem desta medida é que deixaram de perder um precioso tempo para ir e voltar, sem contar as horas que ficavam trabalhando na feira, quando ficavam impossibilitados de produzir.

Apoiado na fama de seus artistas Alto do Moura passou então a atrair cada vez mais visitantes, fregueses que iam comprar peças para si próprios ou para revender em outras cidades. Encomendas não paravam de chegar. Para atender os compromissos, os artesãos tinham que trabalhar muito e quase sempre contavam com a ajuda de toda a família na produção.

No entanto, a renda auferida mal dava para o sustento com condições mínimas de conforto. Os intermediários que adquiriam as peças, para revender para as lojas do Recife e de outras regiões, só se dispunham a pagar preços muito baixos. Os artesãos, quase sempre com dificuldades de quitar suas contas vencidas, e desorganizados neste aspecto, não tinham outra saída a não ser aceitar o preço injusto que lhes impunham.

Muito trabalho e pouco dinheiro. As peças eram vendidas muito baratas. Os compradores não se dispunham remunerar com um preço justo aos “bonequeiros”. A vida era dura, muito dura. Nenhum acumulou riqueza nem viveu folgadamente. Vitalino e todos os demais morreram pobres.Rendia muito pouco a penosa jornada de trabalho que começava ao amanhecer e, muitas vezes, ia até tarde da noite. Quando do trabalho noturno, a casa era iluminada à luz de candeeiros a querosene, pois não havia luz elétrica.

 
Forno de Mestre Vitalino.
Casa-Museu de Mestre Vitalino

O modo atual de modelar os bonecos é quase idêntico ao do passado. Fazem tudo manualmente usando ferramentas improvisadas. As peças continuam a ser queimadas em rústicos fornos circulares, sem abóbada, com lenha do sertão.



Quanto à decoração, quase nada é esmaltado sendo o acabamento em terracota.
Há, no entanto, os que decoram os trabalhos pintando com tintas comerciais, normalmente com cores fortes e brilhantes. Há registros que alguns ceramistas esmaltavam suas peças com zarcão. Hoje ninguém mais usa esta técnica.


Os trabalhos abaixo têm o carimbo de Vitalino:


A peça abaixo de Mestre Vitalino é original-autêntica. No entanto, sofreu interferência da zelosa empregada doméstica que aplicou sucessivas camadas de cera.
Fotos: Sandra Santos

 
Vitalino nasceu em 10 de julho de 1909 e faleceu em 20 de janeiro de 1963, acometido de varíola. Teve 18 filhos e, destes, somente 5 viveram até a idade adulta.Amaro Vitalino (1934), Manuel Vitalino (1935), Maria Pereira dos Santos (1938), Severino Vitalino (1940) que assinou durante muito tempo seus trabalhos comoVitalino Filho (nome de fantasia), e Antonio Vitalino (1943).


A família Vitalino está representada, hoje em dia, por filhos e netos. Através do artesanato "Mãos de Vitalino" , peças produzidas pelos parentes, e alguns de seus seguidores, podem ser adquiridas através de seu neto Vitalino Pereira dos Santos Neto: rua Mestre Vitalino 644-Alto do Moura, CEP 55000-000,  telefone (81) 3722-0397 ou pelo celular 9982-4762.


Existe um acervo significativo de obras em museus do Rio de Janeiro, Recife, Caruaru e Alto do Moura.


No Rio de Janeiro-RJ, encontram-se peças de Mestre Vitalino e de seus seguidores no  Museu de Folclore Edison Carneiro , Rua do Catete 179-Catete, no Museu da Chácara do Céu , Rua Murtinho Nobre 93-Santa Teresa, no Museu Nacional de Belas Artes, Av Rio Branco 199-Centro e na Casa do Pontal-Museu de Arte Popular Brasileira, Estrada do Pontal 3295-Recreio dos Bandeirantes. No Recife ,no Museu do Homem do Nordeste, na Av 17 de Agosto 2187-Casa Forte. Em Caruaru, no Museu do Barro, também conhecido como Espaço Zé Caboclo, há em exposição uma mostra bastante significativa da obra dos ceramistas locais - Praça Cel José de Vasconcellos 100.

No Alto do Moura funciona a Casa-Museu de Mestre Vitalino, administrado pelo seu filho Severino, instalado na antiga casa, construída em 1959, onde o mais famoso “bonequeiro” viveu, trabalhou e morreu. No local estão expostos objetos
de uso pessoal do artista, suas ferramentas de trabalho, móveis e utensílios, e fotos retratando sua trajetória.  No quintal, permanece o rústico forno a lenha circular, sem chaminé, em que fazia suas queimas, foto acima.
Contato: (81) 3725-0805



Casa-Museu de Mestre Vitalino. Quem quiser uma lembrança pode adquirir cópias fiéis de algumas das criações de Vitalino, feitas pelo filho Severino.

Lampião e Maria Bonita

 Digno de registro é o fato de Alto do Moura ser considerado pela UNESCO como o maior Centro de Arte Figurativa das Américas. Atualmente, muitas dezenas de pessoas trabalham seguindo a “escola” do Mestre Vitalino.


Outra faceta do Mestre Vitalino era a música. Festeiro não perdia uma folia. Exímio tocador de Pífano integrava as zabumbas da região. Em 1960, viajou para o Rio de Janeiro e, junto com outros, gravou diversas músicas no estúdio da rádio MEC (Ministério da Educação e Cultura). 




Pesquisa e texto: Renato Wandeck
Fotos: Renato Wandeck e outros
Bibliografia:
O Reinado da Lua: Escultores Populares do Nordeste.
Silvia Rodrigues Coimbra, Flávia Martins e Maria Letícia Duarte.
Salamandra,1980.

Távio Rodrigues