Muitas vezes acreditamos que amor seja apenas o afeto que existe entre um homem e uma mulher, mas, muitas vezes não temos a percepção de reconhecer sua presença em outras relações humanas. Segundo o dicionário Aurélio, amar significa querer bem a algo ou a alguém, isto é, se amamos, as dificuldades que o outro enfrenta gera a inquietação e o desejo em ajudar, afinal segundo a sabedoria popular, “quem ama, cuida”.
A mais de dois mil anos atrás, Jesus Cristo ofereceu a humanidade o seguinte mandamento, “amai-vos uns aos outros”, atitude que seria capaz de transformar drasticamente a vida dos homens. A proposta de Cristo era de que todas as nossas ações fossem guiadas por este amor acompanhado da caridade. Os séculos se passaram, o cristianismo se espalhou pelos quatro cantos do mundo, mas o grande mandamento deixado por seu fundador não se disseminou igualmente.
O “Messias” propôs esta mudança de conduta por parte dos homens observando as injustiças que acontecia em seu país subjugado ao poderio da maior potência mundial da época, o Império Romano, um estado construído a partir da exploração do homem pelo homem, e do sangue derramado por muitos.
Pelo fato da lei do amor não ter se popularizado, a humanidade enfrenta os mesmos problemas, alguns modificados, outros aprimorados, como no caso da escravidão, onde os homens trabalhavam e recebiam de seus proprietários o necessário para se manter de pé (comida, cuidados com a saúde etc.)
Hoje há muitos que trabalham de sol a sol e recebem um salário “símbolo de liberdade”, mas que apenas lhes dão o direito de comer o bom e velho “arroz com feijão” e nada mais. Na política pouca coisa mudou o Estado continua a ser administrado por indivíduos e grupos que suas ações apenas visam satisfazer suas luxúrias e seus caprichos, onde ações voltadas para o bem-comum são raridades.
O erro gera o erro, um Estado aleijado pela corrupção não é capaz de proporcionar ao seu povo serviços de qualidade, como saúde, educação e segurança. A partir dessas deficiências nasce o caos que tanto sacrifica o as classes populares, onde se vê pessoas morrendo nas filas de hospitais públicos, homens e mulheres reféns das ações do crime organizado graças à impunidade, muitos não tem até mesmo um teto para se proteger da chuva e do sol, crianças e jovens recebendo uma educação de péssima qualidade, os tornando quase que incapazes de freqüentar uma universidade.
Em uma sociedade embriagada pelo erro, atos de caridade e misericórdia muitas vezes são premiados, como a iniciativa de Madre Teresa de Calcutá na Índia, seu trabalho era elogiado pelo mundo todo. Teresa afirmou que o que ela fazia não deveria ser exaltado, afinal a solidariedade deveria fazer parte do cotidiano de todas as pessoas, pois, como a própria madre disse: “O que faço é simples, ponho pão nas mesas e compartilho”.
Por: Lincoln Brito Santos - Professor de História , graduado pela FAFIPA
Pra ver como é, pra eles:
ResponderExcluirÉ mais fácil dar tecnologia do que dar acessibilidade, é mais fácil criar emprego do que dar capacitação para tal, dão o peixe e não a vara. O sistema nos coloca num coliseu e torce para o Leão comer as nossas cabeças. Racionais ao ponto de não se acharem corruptos.