segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reta final


Entramos na última semana da campanha eleitoral, as tensões se afloram e a cada volta do ponteiro no relógio, mais perto ficamos do esperado dia 31 de outubro de 2010, porém, os ataques se multiplicam, a elite exclusivista tenta a todo custo jogar areia na satisfação que milhões de brasileiros tem sobre o governo liderado pelo retirante nordestino com cara de povo e que fala a língua de uma gente que é o esteio sustentador desta nação.


Os pseudos sábios elitistas, menosprezam a opinião pública, dizem que são sem inteligência aqueles que pensam favoráveis a um sistema que ofereceu melhorias e aumentou a distribuição de rendas num país que não repartia com os pobres a dignidade garantida apenas para os ricos.
A grande verdade que eles querem esconder, é que determinados ricos, não suportam ver pobre se dando bem, estes contrários, abominam a idéia do pobre ter um lugar ao sol, e quando os pobres são beneficiados por um governo voltado a causa dos pobres, vem logo os ricos com o retrógrado e reacionário discurso de que pobre é vagabundo e que deixam de trabalhar para viver nas custas do bolsa família financiado pelos impostos que eles os ricos pagam.
Ora, vejam bem senhores, será mesmo que os pobres são vagabundos? Somente os ricos trabalham neste país? Viabilizar melhorias no cotidiano de pessoas fustigadas pelo sistema capitalista é fornecer esmolas?
É muito fácil julgar as pessoas sem conhecimento de causa, sem sentir na pele a marginalização que o sistema proporciona, é muito fácil minimizar o desespero alheio quando se conhece apenas na teoria o que é ser pobre.
O jogo de interesses é proporcional, a classe abastada tem que aprender que o pobre é sim portador de inteligência e que ele sabe muito bem o que é interessante aos seus anseios.
Por mais que as elites vociferem contra um sistema de distribuição de rendas, por mais que a mídia parcial aos interesses das elites busque anular a opinião pública, o público maior deste país inteligentemente sabe avaliar o que lhe foi bom e o que lhe foi ruim.
Enquanto os reacionários pintam o diabo em Lula e no seu governo, o povo rebate, com 82% de aprovação ao sistema adotado por Lula em seu governo.
É contraditório o discurso adverso ao atual sistema, na luta pela retomada do governo, eles prometem a continuidade do sistema atual, prometem até um décimo terceiro salário sobre o bolsa família, porém nos bastidores, eles criticam a forma que o atual governo usa de garantir ao pobre, programas de distribuição de rendas e de cunho social como luz para todos, minha casa minha vida e ProUni.
Não podemos cair no conto enganador, esta é a campanha mais suja que se tem notícia na disputa presidencial. Na fome feroz por tomar o poder para seus interesses exclusivos, a elite dissemina as formas mais desonestas possíveis para garantir votos, mentem descaradamente, caluniam, compram formadores de opinião como determinados líderes sacerdotais, sem contar com a influência de uma mídia não séria e que por trás de seus comandos há a tutela de pessoas inteiramente comprometidas com os interesses das elites.
Os ventos que sopram nesta reta final nos são favoráveis, o povo que eles julgam sem inteligência, não caiu nas lendas que eles contaram, episódios como os da bolinha de papel foram um fiasco e as pesquisas de intenção de voto dão boas notícias aos que preferem a continuação do que está dando certo, a sorte está do nosso lado. Esta é a última semana, falta pouco para o perigo do retrocesso deixar de ameaçar a nossa realidade, porém, é preciso muita cautela, pois os que são contrários aos interesses da maioria da população não sabem perder.
A jogatina imunda do vale tudo irá se multiplicar nesta última semana, é preciso não baixarmos a guarda, é necessário continuarmos na luta até a consumação das eleições que oxalá,  trará um resultado favorável e satisfatório aos interesses da classe mais populosa.
 Não podemos nos abalar, o segundo turno foi ameaçador, e colocou em risco as conquistas sociais que obtivemos nos últimos oito anos, porem, serviu também para que aprimorássemos nossas praticas de luta a favor de um governo máximo, o sábio ditado nos ensina que mares tranqüilos não fazem bons marinheiros, e o mar revolto deste segundo turno nos tem dado a qualidade dos bons timoneiros, germinado em nós a semente plantada em nossas mentes e corações pelos grandes líderes e mártires do bem comum, é neste ensejo que honramos a memória de Che, Zumbi e Antonio conselheiro, grandes vozes que falaram em nome dos oprimidos e contra as elites separatistas

A luta continua companheiros, que o próximo domingo possa ser marcado como o dia em que a verdade venceu a mentira, como dia em que os interesses das classes oprimidas prevaleceram sobre a mesquinhez das classes opressoras. Que assim seja.


Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.


5 comentários:

  1. "A grande verdade que eles querem esconder, é que determinados ricos, não suportam ver pobre se dando bem, estes contrários, abominam a idéia do pobre ter um lugar ao sol, e quando os pobres são beneficiados por um governo voltado a causa dos pobres, vem logo os ricos com o retrógrado e reacionário discurso de que pobre é vagabundo e que deixam de trabalhar para viver nas custas do bolsa família financiado pelos impostos que eles os ricos pagam."

    Disse tudo!!!

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  2. O poeta da roça

    Sou fio das mata, cantô da mão grossa,
    Trabáio na roça, de inverno e de estio.
    A minha chupana é tapada de barro,
    Só fumo cigarro de páia de mío.

    Sou poeta das brenha, não faço o papé
    De argum menestré, ou errante cantô
    Que veve vagando, com sua viola,
    Cantando, pachola, à percura de amô.

    Não tenho sabença, pois nunca estudei,
    Apenas eu sei o meu nome assiná.
    Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
    E o fio do pobre não pode estudá.

    Meu verso rastêro, singelo e sem graça,
    Não entra na praça, no rico salão,
    Meu verso só entra no campo e na roça
    Nas pobre paioça, da serra ao sertão.

    Só canto o buliço da vida apertada,
    Da lida pesada, das roça e dos eito.
    E às vez, recordando a feliz mocidade,
    Canto uma sodade que mora em meu peito.

    Eu canto o cabôco com suas caçada,
    Nas noite assombrada que tudo apavora,
    Por dentro da mata, com tanta corage
    Topando as visage chamada caipora.

    Eu canto o vaquêro vestido de côro,
    Brigando com o tôro no mato fechado,
    Que pega na ponta do brabo novio,
    Ganhando lugio do dono do gado.

    Eu canto o mendigo de sujo farrapo,
    Coberto de trapo e mochila na mão,
    Que chora pedindo o socorro dos home,
    E tomba de fome, sem casa e sem pão.

    E assim, sem cobiça dos cofre luzente,
    Eu vivo contente e feliz com a sorte,
    Morando no campo, sem vê a cidade,
    Cantando as verdade das coisa do Norte.

    Patativa do Assaré/Antônio Gonçalves da Silva

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  3. Sensacional prima, guardarei este para uma próxima postagem e também procurarei inclui-lo em meu repertório, junto com Gulora e outros. Uma preciosidade dessa,com certeza teria a participação do grande Patativa do Assaré.

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  4. Muito bom texto Mateus. Aproveito para divulgar meu blog (onde escrevo muito raramente), e onde postei dois textos que retirei daqui.
    Prof. Sergio.
    http://professorheroi.blogspot.com

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  5. Então, eu entendia que o PROUNI era uma conquista muito valiosa, que era importante ganhar-se uma bolsa p/ Faculdade,era uma questão de orgulho.Eu ouvia dizer que era um ótimo programa do Governo,.....Agora estou ouvindo dizer que, o PROUNI é uma esmola que o Lula deu. Isso me entristeceu.

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