sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

APARÊNCIAS


“Nem tudo que reluz é ouro, mas também é no lodo que se formam as lindas pérolas”

É no rústico frigir dos ovos que nos damos conta de quem é quem no palco da vida. Aparências mais que enganam, elas causam vertigem, elas muitas vezes nos deixam cegos. São nessas ocasiões que nos damos conta de que nossas fichas muitas vezes foram enganosamente apostadas.

 São contraditórias as aparências, é preciso aprendermos, que um livro não pode ser julgado pela capa, Temos que nos dar conta de que um rótulo nem sempre diz a realidade sobre o produto. “Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”, assim nos dizia a vovó em sua sabedoria.

Mais tarde, o descuido nos fez acreditar que a primeira impressão é a que fica, pode até ser, mas isto só funciona se porventura não vermos mais a pessoa de quem tivemos a primeira impressão. Nada é mais revelador do que o convívio. Muitos casais só  revelam sua verdadeira personalidade após algum período do casamento, após um determinado tempo de convívio é que a realidade vem à tona.

A verdade deprimente ou satisfatória não está unicamente nos relacionamentos íntimos, está em nosso dia a dia, em nossas ocasiões, em nossas decisões, naquilo que julgamos ser uma coisa e que fatalmente ou surpreendentemente mostra-se outra.

Isto também funciona no lado oposto da moeda, a aparência é realmente enganadora, temos que duvidar, questionar, nos assegurarmos para não sermos vítimas de uma ilusão de ótica, muitas vezes o que se mostra ruim, com o tempo revela-se bom, é onde cabe o ditado de que: “o diabo não é tão feio como se pinta”. É onde aparece a necessidade de policiarmos nossos pré-conceitos.

A grande sacada de tudo isso, é que temos que ser bons juízes, bons analíticos, exímios observadores, não tomando decisões precipitadas, julgando tudo  na justa medida, com cautela, tendo uma opinião prudente sobre a isto ou aquilo, este ou aquele e assim por diante. É através do conhecimento que podemos expor nossas opiniões, formular nossos princípios e chegarmos aos nossos conceitos. Isto nos implica destreza, e necessariamente tempo, pois o tempo é que pode nos dizer verdades e nos faz cientes de toda realidade.                                                       


Mateus Brandão de Souza, Graduado em história pela FAFIPA.

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