quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

FIRMINO TEIXEIRA DO AMARAL.

"Um dia determinei
A sair do Quixadá
Uma das belas cidades
Do estado do Ceará.
Fui até ao Piauí,
ver os cantadores de lá"
(Firmino Teixeira do Amaral em "A peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum)

Firmino Teixeira do Amaral, poeta da Literatura de Cordel
Segundo o conceituado pesquisador Ribamar Lopes, na antologia Literatura de Cordel, editada pelo BNB, Firmino Teixeira do Amaral era piauiense, nascido na localidade de Bezerro Morto, então pertencente a Amarração, hoje Luís Correia-PI.

Informa Veríssimo de Melo, que Firmino Teixeira do Amaral nasceu em 1896 e faleceu em 1926.

O poeta viveu boa parte de sua vida em Belém-PA, sendo um dos principais autores da Editora Guajarina, do pernambucano Francisco Lopes, uma das maiores gráficas cordelinas do passado. Tendo retornado ao Piauí, findou os seus dias na cidade de Parnaíba.

O folheto "Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum", escrito por volta de 1916, teria sido uma contribuição do poeta ao famoso Cego Aderaldo, que se encontrava doente em Belém, impossibilitado de ganhar o seu sustento. Com essa informação é reforçada a teoria de que a tal peleja - uma das mais famosas da Literatura de Cordel -, nunca ocorreu de fato, sendo pura imaginação de Firmino.

São de sua autoria as seguintes obras:

- PELEJA DE CEGO ADERALDO COM ZÉ PRETINHO DO TUCUM
- A FESTA DA BICHARADA OU O PORCO EMBRIAGADO
- A VINGANÇA DO PORCO EMBRIAGADO
- PELEJA DE CEGO ADERALDO COM JACA MOLE, PRIMO DE ZÉ PRETINHO
- O CASAMENTO DO BODE COM A RAPOSA
- BATACLAN
- HISTÓRIA DE CARLOS E ADALGISA
- A PRINCESA MAGALONA E SEU AMANTE PIERRE
- PELEJA DE JOÃO PEROBA COM O MENINO PERICÓ (QUE COM 8 ANOS DE IDADE VENCEU UM ANTIGO CANTADOR)
- PELEJA DE CEGO ADERALDO COM FRANKALINO.



2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Parabéns pela iniciativa em divulgar a Literatura de Cordel. São histórias que ficam esquecidas mediante a modernização e inserção de novas tecnologias. Em tempos de e-readers e e-books, Viva a Literatura de Cordel.

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