terça-feira, 26 de abril de 2011

Você tem que conhecer Jessier Quirino.


Arquiteto por profissão, poeta por vocação, matuto por convicção. Apareceu na folhinha no ano de 1954 na cidade de Campina Grande, Paraíba e é filho adotivo de Itabaiana também na Paraíba, onde reside desde 1983.
Filho de Antonio Quirino de Melo e Maria Pompéia de Araújo Melo e irmão mais novo de Lamarck Quirino, Leonam Quirino, Quirinus Quirino e irmão mais velho Vitória Regina Quirino.
Estudou em Campina Grande até o ginásio no Instituto Domingos Sávio e Colégio Pio XI. Fez o curso científico em Recife no Esuda e fez faculdade de Arquitetura na UFPB – João Pessoa, concluindo curso em 1982. Apesar da agenda artística literária sempre requisitada, ainda atua na arquitetura, tendo obras espalhadas por todo o Nordeste, principalmente na área de concessionárias de automóveis.  
Na área artística, é autodidata como instrumentista (violão) e fez cursos de desenho artístico e desenho arquitetônico. Na área de literatura, não fez nenhum curso e trabalha a prosa, a métrica e a rima como um mero domador de palavras.
 Interessado na causa poética nordestina persegue fatos e histórias sertanejas com olhos e faro de rastejador. Autor dos livros: “Paisagem de Interior” (poesia), “Agruras da Lata D`água” (poesia), “O Chapéu Mau e o Lobinho Vermelho” (infantil), “Prosa Morena” ( poesia e acompanha um pires de CD ), “Política de Pé de Muro - O Comitê do Povão” ( legendas e imagens gargalhativas sobre folclore político popular ), CDs: “Paisagem de Interior 1 e Paisagem de Interior 2”, o livro: “Bandeira Nordestina” (poesia e acompanha um pires de CD), A Folha de Boldo Notícias de Cachaceiros - em parceria com Joselito Nunes – todos editados pelas Edições Bagaço do Recife - além de causos, músicas, cordéis e outros escritos.

Preenchendo uma lacuna deixada pelos grandes menestréis do pensamento popular nordestino, o poeta Jessier Quirino tem chamado a atenção do público e da crítica, principalmente pela presença de palco, por uma memória extraordinária e pelo varejo das histórias, que vão desde a poesia matuta, impregnada de humor, neologismos, sarcasmo, amor e ódio, até causos, côcos, cantorias músicas, piadas e textos de nordestinidade apurada.

Dono de um estilo próprio "domador de palavras" - até discutido em sala de aula - de uma verve apurada e de um extremo preciosismo no manejo da métrica e da rima, o poeta, ao contrário dos repentistas que se apresentam em duplas, mostra-se sozinho feito boi de arado e sabe como prender a atenção do distinto público.

Nos espetáculos com fundo musical, apresenta-se acompanhado de músicos de primeira grandeza, entre os quais, dois filhos, que dão um tom majestoso e solene ao recital. São eles: Vitor Quirino (violão clássico), André Correia (violino) e Matheus Quirino (percussão). Os músicos Letinho (violão) e China (percussão) atuam nos espetáculos mais elaborados.
Apesar de muitos considerá-lo um humorista, opta pela denominação de poeta, onde procura mostrar o bom humor e a esperteza do matuto sertanejo, sem, no entanto fugir ao lirismo poético e literário.
Sobre Jessier, disse o poeta e ensaísta Alberto da Cunha Melo: "...talvez prevendo uma profunda transformação no mundo rural, em virtude da força homogeneizadora dos meios de comunicação e das novas tecnologias, Jessier Quirino, desde seu primeiro livro, vem fazendo uma espécie de etnografia poética dos valores, hábitos, utensílios e linguagem do agreste e do sertão nordestinos. ... Sua obra, não tenho dúvidas, além do
valor estético cada dia mais comprovado,  vai futuramente servir como documento e testemunho de um mundo já então engolido pela voragem tecnológica."

Fonte: Site de Jessier Quirino. http://www.jessierquirino.com.br/

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