quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Há os que pensam que são os únicos salvos.

“Eu que já andei por todas as religiões, filosofias, políticas e lutas, desde os nove anos de idade eu já desconfiava da verdade absoluta”. (Raul Seixas)
Existe um conceituado número de fanáticos e religiosos de determinadas seitas ou agremiações, que se julgam propriedades exclusivas de Deus e por assim pensarem, tornam-se ao mesmo tempo, proprietários do Deus altíssimo.

São pessoas que interpretam Deus ou a bíblia à sua maneira, e desta forma, passam aos seus fiéis subordinados este “entendimento” como sendo um conhecimento condizente com a verdade pura, absoluta e santa que conduz as almas à salvação eterna.

Após isto, apagam ou fecham suas mentes para debates dentro da razão e não dão importância para conceitos que são contrários ao modo com que estes vêem Deus e o mundo, e assim, julgam-se detentores da verdade incontestável.

Tais fanáticos fazem Deus à sua maneira e de uma forma inversa à santificação, eles se tornam separatistas, presunçosos, petulantes, preconceituosos e em casos mais extremos, raivosos e por assim procederem, acabam sendo periculosos.

As mentes dos fanáticos religiosos estão fechadas para as diferenças de opiniões e conceitos, erroneamente, não dão condições para um debate lógico e por serem tão combatentes e hostis aos pensamentos contrários aos seus, eles satanizam qualquer outra ótica que discorde e se diferencie de suas supostas verdades absolutas.

Os religiosos extremistas, são de certa maneira tão fechados para as diferenças de pensamento, preocupam-se tanto em viver, segundo eles, de acordo com a vontade de Deus, que não se dão conta que a maneira pela qual procedem é fatalmente contrária ao que ensinava o Cristo.

Por exemplo: Os fanáticos são exclusivistas, só o grupo deles é digno de salvação, são preconceituosos, abominam determinadas e inevitáveis diferenças sociais, são excludentes, vêem maldade em tudo que não esteja à risca da cartilha imposta por seus líderes, esquecem-se os fanáticos que seus líderes, são tão vulneráveis ao erro como qualquer outro mortal.

Ao que lemos e sabemos, o Cristo em pessoa combateu a desunião social, a religião por sua vez, separa os homens, Cristo, o unigênito de Deus, disse aos pecadores que ele era o único caminho e suficiente salvador de todas as almas. Determinadas religiões, portanto, querem fazer-se complementos de salvação, no entanto, em uma ótica acurada, percebemos que algumas religiões, afirmam que só o Cristo não basta, é preciso também, passar pelo crivo deste ou daquele pensamento ou norma que rege esta ou aquela religião.

São tamanhos os absurdos apontados como doutrinas e verdades irrefutáveis pelos fanáticos religiosos que se auto-proclamam propriedades e proprietários de Deus, que num olhar contestador sobre suas supostas verdades, percebemos que eles sem se dar conta, anulam em partes o sacrifício do Cristo na cruz, pois de acordo com o que afirmam, é preciso além de Jesus, obedecer o que rege estes grupos, não querem perceber os fiéis, que tudo isso é apenas o ponto de vista dos criadores destas determinadas religiões, pois assim eles entenderam como verdade.

Para muitas pessoas de diferentes religiões, se um mortal finar-se fora de suas dependências, ele estará proporcionando para a sua alma, a maior desventura que se possa imaginar, a ida direta para o fogo eterno.

O que fazer com os que pensam que são os únicos que irão para o céu? O que fazer com estes tantos petulantes que se intitulam sabedores da verdade? Como conviver com estes semeadores da discórdia e do preconceito esbravejando em seus altares e púlpitos?

Não é nada fácil para as mentes questionadoras a convivência com estes pernósticos que tentam impor suas verdades “absolutas e incontestáveis”. São muitos os fanáticos, eles se proliferam juntamente com suas religiões, os que pensam que detêm a verdade já são legiões, e enquanto houver estes conceitos exclusivistas e separatistas, a religião será a principal causa de divisão e separação do homem pelo próprio homem. 

Mateus Brandão de Souza, Graduado em história pela FAFIPA.

3 comentários:

  1. Andou acontecendo algo pelo reino de dona Elita, Maurício e José? hehe

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  2. O fanatismo e a certeza da salvação é um problema meu amigo Mateus, pessoas que pensam dessa forma vêem as outras pessoas como incapazes de se salvar, não merecedoras de afeto, de amizade nem mesmo merecem serem visitados em suas casas. São pessoas contaminadas, portanto devem ser isoladas.
    Essa visão doente dentro da religião já separou e ainda hoje separa as pessoas mas, com tantos exemplos na História, nós ainda não aprendemos, preferimos nos mantermos na posição de "Juízes de Deus" e distribuímos sentenças aos que não partilham da mesma fé.

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  3. O que devemos realmente levar em consideração é que Jesus é o único meio que nos leva a salvação eterna e a sua palavra através da bíblia é o que deve direcionar as nossas vidas. Não devemos desobedecer as regras deixadas por Deus, e muitas destas regras são contrárias as tradições e filosofias humanas. Deus é o criador e portanto ele é quem manda, se desobedecermos sofreremos as consequências.

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