quarta-feira, 20 de junho de 2012

A conta de energia dos paranaenses vai ficar mais barata


A nova tarifa residencial da Copel entra em vigor no dia 24 e é válida por 12 meses. Algumas indústrias sofrerão aumentos

Na Gazeta do Povo
Torres de transmissão da Copel: a estatal, que atende 393 dos 399 municípios do estado, 
sofrerá uma redução de 0,65% em sua tarifa média. Retorno das operações da empresa ficará menor

A conta de energia dos paranaenses vai ficar mais barata a partir do dia 24. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem uma redução de 4,11% no valor da tarifa de baixa tensão, destinada aos consumidores residenciais. Na média, considerando todas as classes de consumo, também houve redução, de 0,65%. O procedimento faz parte da revisão tarifária da Companhia Paranaense de Energia (Copel), que ocorre a cada quatro anos. As novas tarifas são válidas por 12 meses.

A redução média é ligeiramente inferior à proposta inicial da agência, de 0,85%, e que foi discutida em audiência pública no mês de abril. O valor também não corresponde às previsões da Associação Brasileira de Consumidores de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), que, com base em cálculos próprios, estimava uma queda de 2% na tarifa média da Copel, atualmente de R$ 309,26 por megawatt-hora.
A queda deste ano segue a estratégia da Aneel de reduzir a rentabilidade das empresas do setor elétrico, diminuindo o retorno sobre o capital. Para Fernando Umbria, assessor da diretoria da Abrace, embora o resultado não tenha ficado dentro do esperado, gerou um efeito positivo. “Mesmo que o valor não tenha atingido a expectativa, estamos satisfeitos. Vamos avaliar a documentação oficial e, caso seja diagnosticada alguma inconsistência, iremos nos manifestar”, afirma.

A cada ano a Aneel realiza reajustes tarifários e ao final de um ciclo de quatro anos é realizada a revisão, quando é analisada a estrutura de custos das empresas e suas receitas, reposicionando o nível das tarifas. Esse é o terceiro ciclo desde 1999, quando as concessionárias assinaram contrato com o órgão regulador.

Desde 2010 os consumidores domésticos vinham arcando com acréscimos nas tarifas. Naquele ano, quando Orlando Pessuti assumiu o governo estadual, foi encerrada uma política de descontos, criada na gestão de Roberto Requião, que isentava o pagamento do reajuste caso a conta fosse paga em dia. Com isso, de uma tacada o consumidor teve de pagar os reajustes represados nos anos anteriores, o que elevou a tarifa em mais de 15%. Em 2011 foi aprovada uma nova alta, de 3,16%.

Além da classe residencial, a tarifa ficou mais barata para alguns setores da indústria, que poderão pagar até 4,89% menos. Mas para algumas categorias o custo vai subir até 7,94% de alta. Procurada para comentar as mudanças, a Copel – que atende 393 dos 399 municípios do estado – afirmou que só vai se manifestar após a publicação oficial da decisão, que deverá ocorrer no dia 24. Em ocasiões anteriores, a empresa admitiu que a tarifa poderia cair, mas disse aguardar uma redução de até 0,5%.


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