quinta-feira, 28 de junho de 2012

Manifestações pró-Lugo se espalham por todo o Paraguai


Dezenas de manifestações pró-Lugo foram realizadas ontem em várias regiões do Paraguai. Os protestos organizados pela Frente Nacional de Luta pela Democracia, for­­­­mada por sem-terra, estu­­dan­­tes, líderes sindicais e sem­­-teto, rechaçam o que os ma­­nifestantes chamam de “vio­­lação da democracia e da so­­berania popular” no proces­­so de impeachment do­­ presidente Fernando Lu­­go, deposto na última sexta-feira depois de um julgamento­­ político que durou pouco mais de 30 horas.

Foram organizados marchas e bloqueios de rodovias­­ nas proximidades de As­­sun­­ção, nas principais fron­­teiras com o Brasil e a Ar­­gentina e no interior dos estados de San Pedro – onde se concentra o maior número de sem-terra do país –, Concepción, Alto Paraná, Guairá, Itapua e Caaguazú. No início da manhã, paraguaios e argentinos bloquearam por cerca de três horas a Ponte Internacional San Roque González de San­­ta Cruz, entre Posadas (AR) e Encarnación (PY).
Em Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu, cerca de 200 manifestantes deixaram a praça em frente da prefeitura, onde parte do grupo está reunida desde quinta-feira, por volta das 13 horas e seguiram até a aduana da Ponte da Amizade. A intenção, segundo os organizadores, era bloquear a entrada e saída de pessoas e de veículos, o que acabou impedido pela polícia. Na confusão, o trânsito chegou a ser interrompido por 15 minutos.
De acordo com os manifestantes a condução do julgamento político de Lugo teve como principal marca a inconstitucionalidade. “As acusações contra o presidente foram graves e ele teve menos de 20 horas para organizar e apresentar a defesa”, observou o universitário Mario Cantero ao alertar para uma suposta intenção de se desestabilizar o país e se restaurar a ditadura.
Outro protesto, desta vez­­­­ para fechar a Ponte da Ami­­­­zade, está programado pa­­ra hoje. Também houve ma­­nifes­­tação a favor de Lugo em Mon­­tevidéu, no Uruguai.


Fonte: Gazeta do Povo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário