quarta-feira, 7 de novembro de 2012

QUEM SOU EU?


Por Valdinei F. Keiri.


“Sou o que ninguém vê. O que está atrás de uma pêndula fachada apática e desbotada.
A fim de esconder-me atrás de uma face, sou o que não usa grandes óculos escuros.

Só até aqui bastaria para explicar-me, entretanto tenho que me aprofundar; haja vista que o ser humano gosta de complicação. ‘O simples’ não é ‘o suficiente’.

Explicar-me-ei, pois:

Talvez esteja imbuído no chassi errado, não sei.... Só sei que me vou moldando: soldando-me. Recortando pedaços de outros e colando-me placas de ferro em aço; mas tudo de maneira sucinta, pois não me dou o luxo de perder a característica original. Aliás.....quanto à isso, desisti um pouco de me preocupar, pois é o que almejo e, até agora, não o consegui.
No meu pára-brisa, afixando continuo, de quando em quando, alternadas frases: ‘sugestivas’ assim como ‘subjetivas’, além de brincar, bastante, com as ‘implícitas’; onde, quem as leem, interpretam de formas próprias suas.....É assim que somos, pois, quando, lá, posta a oração, cada qual reza o terço da forma que achar conveniente, ou da forma capaz para interpretá-la..... Quando interpretada de forma diversa, tento compreendê-los. Ora!!! estão, também, montados em chassis, uns mais frágeis, outros não. Uns coerentes com a cabine outros..., mas estão na estrada, assim como eu. Oh! Meu ‘Mecânico’!!!!!!!
Mas de tudo, todos seguindo estamos - cada qual a sua rota; e, assim, sigo-a: Vou-me, sempre, retificando. Até quando??... Não sei!... Talvez..., e pelo que vejo,... Será até o dia em que os modelos das minhas peças não mais estiveram à venda. Hora esta que me levará para o ferro velho; a fim de, lá, ser acerado e ser-me calçado outra cabine.

Mas até lá, sou da seguinte opinião:
Ou vivo a minha vida, ou alguém vai vivê-la por mim!

Repouso-me quando e onde acho prudente, o tempo necessário!... Valho-me desta mesma conjugação, em pessoa, número e afirmação, só trocando o verbo para acelerar.

“Este sou Eu.”

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