segunda-feira, 18 de março de 2013

José Reinaldo: Marx morreu há 130 anos, viva Marx!

Há 130 anos, no dia 14 de março, morria em Londres Karl Marx. Foi uma grande perda para os trabalhadores de todo o mundo. Durante a cerimônia fúnebre de Karl Marx, seu amigo e camarada de toda a vida, Friedrich Engels, assinalou que o grande filósofo e dirigente político do proletariado mundial "morreu honrado, amado, pranteado por milhões de militantes revolucionários desde as minas da Sibéria passando por toda a Europa e América até a Califórnia".


Por José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho Na despedida ao amigo e camarada, Engels vaticinou: "Seu nome sobreviverá pelos séculos e sua obra também".

O jovem Karl Marx.
Marx foi o fundador do socialismo científico e do materialismo dialético e histórico, mestre e dirigente do proletariado mundial. Viveu 65 anos incompletos, mas viveu plena e intensamente. Dedicou sua vida a uma causa profundamente humanista. "Nada do que é humano me é estranho", era a sua máxima. 

Ainda jovem, mergulhou no estudo das humanidades - filosofia, direito, história, economia. Publicista de raro talento aos 24 anos, quando trabalhou na Gazeta Renana, um jornal democrata-radical de Colônia, Alemanha, expôs pela primeira vez a ideia da liquidação, pela via revolucionária, da propriedade capitalista.

Mais de um século depois, os comunistas de todo o mundo rendem justa homenagem a este que foi um gigante do pensamento revolucionário, o fundador de uma ciência e uma doutrina que deu ao proletariado uma arma gnosiológica capacitando-o a transformar o mundo. Ao fundar o socialismo científico, Marx promoveu a mais radical viragem na concepção da história, desvendou o papel histórico do proletariado, demonstrou cientificamente que o capitalismo é um sistema condenado ao desaparecimento e descortinou um novo caminho para o futuro da humanidade - a construção de uma sociedade nova, a sociedade socialista.

O programa concreto do PCdoB, os caminhos práticos que percorremos na luta pela emancipação nacional e social não seriam possíveis não fossem as referências metodológicas e teóricas de Marx e nossa definição como partido marxista e leninista. Por isso, homenagear Karl Marx na passagem do aniversário do seu desaparecimento, além de ser um justo tributo que a geração atual dos comunistas paga a um dos maiores vultos da história da humanidade, é também um momento propício para reafirmar nosso caráter de classe e nossa índole revolucionária e internacionalista.

A atual geração de lutadores pelo socialismo enfrenta tempos difíceis. A cortina cinzenta da reação muitas vezes impede-nos de mirar à janela, vislumbrar o horizonte, ter uma ampla perspectiva de visão. Depois da queda de grande parte das experiências de construção do socialismo no final do século passado, com os escombros do muro de Berlim ruíram também muitas convicções. 

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