segunda-feira, 10 de junho de 2013

Segredos guardados

Por Luana Costa 

Já entreguei a alma a quem só quis a casca
Já implorei o que não se pode pedir
Tornei-me amarga como quem só tira o mel e deixa o veneno
Já fui a escrava no mercado público
Já fui submissa a desejos que não eram os meus
E perdi parte da essência que me permitia acreditar e confiar

Quando pensei ter amado
Tornava-me mulher, amiga, mãe, psicóloga...
Depois era devolvida como um indivíduo sem identidade
Superei inúmeras vezes os maus tratos a minha personalidade
E demorei muito para limpar parte dos lixos deixados no meu coração

Não que tenha perdido também a esperança
Só não permito que ela dê a primeira palavra
Para que eu não me torne escrava de ilusões
Não é novidade falar de sofrimento, mágoas, traições, falsidade, desilusões...

Só haverá diferentes traduções

No Marcas do Tempo

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