sexta-feira, 28 de junho de 2013

SOMOS TODOS VÂNDALOS

Por aqui somos todos vândalos


Se lutar por mais igualdade e justiça social é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar contra o genocídio da juventude negra é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar por uma cidade onde a liberdade de ir e vir seja um direito de todos é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar pelo direito ao meu próprio corpo e prazer é ser vândala, somos todos vândalas;
Se lutar contra o autoritarismo do patriarcado (fundamentalismos religiosos e das instituições militares e outros) é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar contra a cura gay é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar por uma educação que não reproduza as ideologias da desigualdade é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar por um sistema político que inclua a voz da população é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar pelo direito de decidir sobre os rumos da minha cidade, estado e país é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar pelo direitos sociais, políticos e sexuais de travestis e transexuais é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar contra o racismo institucional da universidade é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar contra a homofobia é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar pelo direito a moradia digna é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar por justiça e igualdade no campo é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar contra o genocídio dos guarani kaiowá é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar por uma universidade mais justa e diversa é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar por uma mídia mais democrática é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar para o que é público seja de fato público é ser vândalo, somos todos vândalos;
Se lutar contra a ideia de que vândalos são aqueles jovens pretos, pobres e noiados - marginais por natureza - é ser vândalo, somos todos vândalos.

Por: Claudia Andréa Mayorga Borges, Doutora em Psicologia Social pela Universidade Complutense de Madri – Espanha (2007) com foco em estudo sobre gênero, política e feminismo. É professora Adjunta do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais e do Programa de Pós-graduação em Psicologia (www.fafich.ufmg.br/pospsicologia). É também pesquisadora e coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Psicologia Política (www.fafich.ufmg.br/npp). Foi membro da Diretoria Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social (2004/2005) e vice-presidente da Abrapso Regional Minas (2006/2007). Editora da Revista Psicologia & Sociedade (set 2011//2015), periódico científico da Abrapso. Coordena o Programa Conexões de Saberes na UFMG: Diálogos entre Universidade e Comunidades Populares e é tutora PET Conexões. Possui “grant” pesquisadora pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Áreas de pesquisa e atuação: Psicologia Social e Feminismo com os seguintes temas: gênero, relações raciais e política; migrações internacionais; juventude e participação; psicologia comunitária; políticas públicas e participação social.
(Fonte: Plataforma Lattes)

Nenhum comentário:

Postar um comentário