sexta-feira, 5 de julho de 2013

Evo Morales: "Ser indígena e anti-imperialista são nossos delitos"

O vice-presidente da Bolívia, García Linera e Evo Morales em sua chegada à Bolívia  

O presidente da Bolívia, Evo Morales, manifestou nesta quinta-feira (4) que o povo e governo boliviano não se conformarão com uma desculpa por parte das nações europeias que não permitiram o uso do espaço aéreo e tomará medidas diante de organismos internacionais.

“Tenho a posição firme de que vamos fazer respeitar nossos direitos nos organismos internacionais as leis do direito internacional, não bastam apenas desculpas de um país que não nos permitiu passar em seu território”, declarou o presidente boliviano durante um ato de governo em Cochabamba.

O mandatário expressou que respeitar o direito internacional ante o atentado contra ele “dependerá do debate jurídico, mas também um debate de direitos humanos. Aprendemos a defender a soberania e a dignidade do povo boliviano”.

“O que aconteceu nestes dias não é uma casualidade, não é um erro, é uma política de seguir intimidando a Bolívia e a América Latina. "Nossos pecados, nossos delitos é sermos indígenas, anti-imperialistas e questionarmos todas as políticas econômicas que só levam à miséria e à pobreza", disse o presidente boliviano.

"A Interpol está em todos os aeroportos. Os EUA e os países europeus têm sua própria estrutura de inteligência e, se disseram que estávamos levando [Snowden], isso foi falso", acrescentou.

Evo Morales assegurou que a agressão sofrida em solo europeu “não é uma casualidade”, mas trata-se de um “intimidação” por todos as conquistas de sua gestão no país. “Somos referência internacional com tudo o que está ocorrendo e o que estamos fazendo na Bolívia”, disse.

Vários presidentes dos Estados-membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul) chegarão ao longo do dia à Bolívia para participar desse encontro, convocado de urgência para respaldar Evo Morales.


Fonte: TeleSUR

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