Nova Londrina - O péssimo sinal de TV nas antenas convencionais

Moradores de Nova Londrina ha muitos anos perderam a programação regional de suas TVs, devido a limitada opção de canais na antena convencional e o péssimo sinal captado por estas antenas, a população, sob esta deficiência, vê-se obrigada a munir-se de antenas parabólicas.

Nos idos dos anos 80, aqui na cidade, captavam-se pelas antenas simples, os sinais de 04 das principais emissoras de TV aberta no país, nossas TVs, tinham sem o uso de antenas parabólicas, uma ótima imagem da rede Globo, SBT, Bandeirantes, e a extinta TV Manchete.

Porém, com o advento das antenas parabólicas, estes sinais simples ou propositalmente, desapareceram das antenas convencionais e a população usuária de TV que antes gratuitamente tinham 04 opções em suas casas, viu-se obrigada a comprar as parabólicas para ter acesso a estas emissoras, caso contrário, ficaria limitada a dois únicos canais que permanecem no ar com péssimo sinal de transmissão, ou dias consecutivos fora do ar. 

Hoje, as casas que ainda não possuem antena parabólica, estão restritas a assistir em péssima qualidade de imagem, o sinal da Globo pela RPC, e mais ruim ainda, o sinal do SBT, retransmitido pela Rede Massa. No último ano de mandato do governador Requião, apareceu o sinal da Paraná educativa, porém, este sinal, ha meses deixou de aparecer, da Paraná Educativa, resta apenas o som, a imagem não aparece nos televisores sem parabólicas.

A pergunta no entanto é: Porque este descaso? Porque esta desconsideração com as famílias de baixa renda? 

A RPC, repetidora regional da TV Globo, dependendo do ponto da cidade, pega ruim, não apresenta um sinal satisfatório em toda área do município.

Nos anos 80, quando a tecnologia não era avançada como hoje, dispúnhamos de 04 dos principais canais de TV do país, isso na antena convencional, hoje, Nova Londrina sofre por sua posição geográfica, localizada no extremo noroeste, longe dos grandes centros de um Paraná que vira as costas para nossa região. 

Uma população que não é atendida em suas necessidades mínimas, como, por exemplo, o prazer de assistir televisão com qualidade, sem antes comprometer o orçamento familiar, tendo para isso, a obrigação de comprar uma antena parabólica, este produto, ainda nos chega a um alto preço, tal antena, custa em média, a metade de uma salário mínimo, sendo, pois, um lazer ainda inacessível para muitas famílias.

Esta parcela da população, é vítima do descaso dos dominantes, uma classe que não se preocupa em apresentar melhorias para que a população de baixa renda, tenha acesso a televisão, sem precisar das caras antenas parabólicas. Uma desigualdade explícita, enquanto alguns privilegiados desfrutam da TV a cabo, aos excluídos pelo sistema, resta o irritante chuvisco de dois únicos canais. 

Pedimos para que os responsáveis, acudam esta classe social! melhorem a captação de sinal para as antenas convencionais. Façam a manutenção das torres que captavam os sinais que ha anos estão desaparecidos. 

Ofereçam um lazer com qualidade aos menos favorecidos, não é justo impor aos pobres, a obrigatoriedade de adquirir uma antena de alto custo, sendo que, se houvesse bom senso, nossa população teria ao preço irrisório das antenas convencionais, o nítido sinal das principais emissoras de TV do país.

Este apelo vai de encontro com os anseios de uma grande parcela da população...

Que a dignidade abra as asas sobre todos. Sinal de TV com qualidade, nosso povo merece.

Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA.