Por Altamiro Borges, em seu blog
Nesta quarta-feira, dia 14, estão agendados dois protestos contra o propinoduto tucano, o esquema de corrupção envolvendo os governos do PSDB de São Paulo e poderosas multinacionais do setor de transporte – como Siemens e Alstom.
O primeiro, que sairá do Vale do Anhangabaú às 15 horas, é organizado pelo Sindicato dos Metroviários e pelo Movimento Passe Livre (MPL).
Já o segundo, às 17 horas, é convocado por centrais sindicais e movimentos estudantis e comunitários, ocupará a frente da Assembleia Legislativa e exigirá a instalação imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar as denúncias de corrupção em licitações do Metrô.
Apesar das diferenças de enfoques – há setores que já pregam o chamado “Fora Alckmin” e outros que centram suas energias na exigência da criação da CPI -, há consenso nos movimentos sociais de que é preciso intensificar a pressão contra o tucanato que hegemoniza o estado há quase duas décadas.
A ideia é não abandonar as ruas nas próximas semanas. Uma plenária de entidades da juventude na semana passada fixou um intenso calendário de mobilizações. A avaliação é de que o PSDB está fragilizado, inclusive com a quebra da blindagem da mídia, e que é necessário reforçar a pressão da sociedade contra os seus desmandos e os seus estragos em São Paulo.
O governador Geraldo Alckmin está na berlinda e será o principal alvo dos protestos. Num primeiro momento, ele negou as denúncias e afirmou que não sabia de nada. Na sequência, ele montou uma comissão de fachada – com entidades que inclusive são financiadas pelas multinacionais envolvidas no esquema de corrupção – para “averiguar” as denúncias de corrupção.
A bancada governista na Assembleia Legislativa tem feito de tudo para evitar a instalação da CPI, mas os deputados morrem de medo da pressão das ruas. A batalha contra o propinoduto tucano será decidida nos próximas dias, o que reforça a urgência de massivas mobilizações populares.
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