sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Serra está pendurado na broxa


O eterno candidato José Serra está encontrando sérias dificuldades para viabilizar o seu sonho presidencial. O tucano até ameaçou abandonar o PSDB para disputar as eleições de 2014, mas até agora não conseguiu construir uma alternativa sólida. Roberto Freire, chefão do PPS, prometeu um palanque forte, mas deixou o amigo pendurado na broxa. Nem a fusão com o PMN deu certo. Já o PSD, do ex-demo Gilberto Kassab, ainda vacila sobre quem apoiar na sucessão presidencial. Como aponta o jornal O Globo desta quarta-feira (31), a situação do rejeitado tucano é cada dia mais complicada.
"A dois meses do prazo final para o ex-governador José Serra (PSDB) decidir se troca de partido, as legendas procuradas para construir uma aliança em torno do nome dele para a eleição presidencial em 2014 já dizem que dificilmente o tucano terá um compromisso de apoio por parte delas até outubro. Uma das condições para Serra tentar uma candidatura à Presidência fora do PSDB é ter aliados de peso, que garantam a ele competitividade, cenário cada vez mais distante".
Segundo a reportagem, as lideranças do PV, PSD e PTB alegam que não há como definir questões como essa um ano antes da disputa eleitoral. "O partido que mais se aproxima do tucano hoje é o PPS. Serra foi convidado em abril para se filiar à sigla. Mas o PPS tem menos de um minuto no horário eleitoral, o que inviabilizaria uma candidatura solteira - sem apoio de outros partidos. Por isso, o ex-governador tem passado as últimas semanas em conversas com dirigentes partidários para avaliar as chances de alianças".
O prazo final para o tucano decidir se fica ou sai do PSDB termina em 5 de outubro. Na principal sigla da oposição de direita há um forte movimento em apoio ao senador Aécio Neves, apesar do cambaleante presidenciável mineiro ainda não ter decolado nas pesquisas. José Serra não desiste e ainda pode aprontar das suas. Ele é famoso pelos seus métodos agressivos de disputa, inclusive com o uso dos famosos dossiês contra os adversários. Mas o tempo para as manobras está diminuindo.

Altamiro Borges

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