segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Gaeco realiza operação em Diamante do Norte contra fraude em licitações

Operação ocorre nesta segunda-feira (16), no noroeste do Paraná. MP suspeita que o prejuízo com fraudes possa chegar a R$ 5 milhões.


Luciane CordeiroDo G1 PR
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realiza uma operação em Diamante do Norte, no noroeste do Paraná, nesta segunda-feira (16) para apreender documentos de uma licitação destinada à contratação de uma empresa que realizaria o recapeamento do asfalto na cidade. Segundo o Gaeco, a suspeita é que a obra, empenhada em 2012, ainda não tenha sido realizada.

Peritos do Ministério Público (MP) estão na cidade realizando análises técnicas da situação da malha viária municipal. Conforme o delegado, a intenção é descobrir se há ruas que deveriam estar asfaltadas e não estão e se há registros de recape asfáltico realizado recentemente. “Essa análise será importante para podermos afirmar com precisão se houve irregularidades no processo”, argumenta o delegado responsável pelas investigações Eumano Rodrigues Ciriaco

Além da suspeita de fraude na licitação do asfalto, que, segundo o Gaeco, pode chegar a R$ 5 milhões, o grupo segue atrás de documentos de processos de compras realizados em anos anteriores. O delegado  explica que há indícios de irregularidades em licitações destinadas a custear a manutenção dos veículos da prefeitura e compra de combustível. “Nós vamos apreender todos os documentos referentes a essas licitações e, em breve, vamos ouvir os envolvidos e também a população”, diz Ciriaco.


O prefeito de Diamante do Norte, Daniel Domingos Pereira (PT), acompanhou as buscas do Gaeco. Ele informou que a prefeitura tem realizado relatórios da gestão a cada 60 dias e, em um desses documentos a administração descobriu a fraude. “Nesses relatórios descobrimos que a operação tapa buraco, licitada e empenhada no ano passado pelo ex-prefeito, não tinha saído do papel e havia um excesso de gastos com combustível”, detalha Pereira. “Com esses documentos em mãos, procuramos o Ministério Público e pedimos para a promotoria investigar essa suspeita”, acrescenta.

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