quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Papa diz que foi segurança de boate na juventude

Retrato de Jorge Mario Bergoglio -
Papa Francisco I
Em um encontro em um bairro pobre no subúrbio de Roma, no último domingo, o papa Francisco afirmou que foi segurança de uma boate de Buenos Aires na sua juventude, antes de entrar na faculdade para estudar letras e psicologia.

Durante a missa, ele disse que o trabalho de tentar tirar os brigões de dentro de uma casa noturna contribuiu para seus trabalhos de evangelização na Igreja Católica, assim como o período em que lecionou. O pontífice disse que já tinha trabalhado como faxineiro e técnico de um laboratório químico em sua adolescência.
A menção ao trabalho foi feita em sua homilia, quando contou que descobriu sua vocação ao se confessar com um padre que ele nunca havia reconhecido. Ele brincou que era de conhecimento comum que os melhores sacerdotes para se confessar são os cegos e os desconhecidos.

O pontífice também fez referência ao desejo de crescer a evangelização pelo aumento da credibilidade dos padres, como mencionou em sua primeira exortação pública, divulgada na semana passada.

INVESTIGAÇÃO/ABUSO - O Vaticano se recusou a fornecer informações a uma comissão da ONU a respeito das investigações internas sobre abusos sexuais a crianças e adolescentes cometidos pelo clero, alegando que política da Igreja é de manter esses casos sob sigilo.

Em resposta a duros questionamentos feitos pelo Comitê da ONU para os Direitos da Criança, a Santa Sé disse anteontem que não divulgará informações sobre as investigações internas, a não ser que um Estado ou governo solicite formalmente sua cooperação.

A resposta da Santa Sé, que será diretamente questionada pela comissão em janeiro, deve motivar muitas críticas, num momento em que a Igreja tenta deixar para trás os escândalos financeiros e de abusos sexuais que abalaram a reputação da milenar instituição nos últimos anos.

Em abril, o papa Francisco pediu uma "atuação decisiva" para eliminar os abusos sexuais dos religiosos e garantir que os responsáveis sejam punidos. Três meses depois, assinou um decreto que aumenta a punição a prostituição, violência sexual, pedofilia e posse de pornografia.

Os primeiros casos de sacerdotes que abusaram de crianças e adolescentes foram denunciados primeiro nos Estados Unidos no início dos anos 2000. Em seguida, envolveram as Igrejas de vários países da Europa, sobretudo da Irlanda, onde foram registrados milhares de abusos.

A Igreja da América Latina também conheceu uma série de escândalos. O mais famoso foi o do fundador mexicano do movimento conservador dos Legionários de Cristo, Marcial Maciel, também culpado de abusos sexuais.

Em maio de 2011, a Congregação para a Doutrina da Fé, encarregada das denúncias, deu o prazo de um ano às conferências episcopais do mundo para a adoção de diretrizes contra a pedofilia, incluindo a colaboração com a Justiça civil.

O promotor designado para os casos de abuso, monsenhor Charles Scicluna, indicou recentemente que, em setembro, pelo menos 75% das conferências episcopais enviaram uma resposta ao Vaticano.


Fonte: Da Folhapress

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