quinta-feira, 27 de março de 2014

Servidores da saúde protestam em frente a sede do Governo do Paraná

Manifestação também inclui funcionários de universidades federais.
Greve dos funcionários da saúde começou no dia 18 de março.

Servidores estaduais da saúde protestaram pelas ruas de Curitiba na manhã desta quarta-feira (26) 
(Foto: SindSaúde/ Divulgação)

Thais Skodowski - Do G1 PR

Os servidores estaduais da saúde protestam em frente ao Palácio das Araucárias, sede do governo do estado, nesta quarta-feira (26). Durante a manhã, eles caminharam pelas ruas centrais da cidade. Segundo o Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do Paraná (SindSaúde), 600 trabalhadores das unidades de saúde participam da manifestação.

A categoria está em greve desde o dia 18 de março. Para a diretora do SindSaúde Elaine Rodella, a manifestação é necessária para que a greve seja resolvida. “Estamos aqui para fazer pressão, para que atendam com respeito o sindicato”, disse a diretora. Ao todo, o Paraná tem 10 mil servidores da saúde e a adesão à greve é de 70%. Por causa das paralisações, conforme o sindicato, o atendimento em vários hospitais do Paraná está comprometido.

Na segunda-feira (24), a diretoria do SindSaúde se reuniu com representantes do governo, mas a categoria rejeitou as propostas apresentadas. Na tarde desta quarta-feira, o sindicato se reúne novamente com o governo estadual. Algumas das reivindicações dos trabalhadores são a reabertura da negociação do Plano de Cargos e Carreiras e o reajuste das gratificações.

A Secretaria de Saúde (Sesa) informou que apenas 300 servidores aderiram a greve e que a secretaria mantém o diálogo permanente com o sindicato. Ainda segundo a secretaria, o projeto do Quadro Próprio  dos Servidores da Saúde será encaminhado para votação na Assembleia Legislativa do Paraná. O estado também apresentou outras três propostas à categoria: o governador Beto Richa vai autorizar, ainda no primeiro semestre deste ano, a abertura de edital de concurso público para contratação de servidores; um novo decreto que regulariza o pagamento de diárias para servidores em deslocamento nas regiões metropolitanas e a não suspensão do estágio probatório para mulheres em licença-maternidade.

Técnicos-administrativos de universidades federais também protestam

Os técnico-administrativos das universidades federais também aderiram ao protesto em frente ao Palácio das Araucárias. Eles começaram a greve no dia 20 de março. A paralisação inclui funcionários da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Instituto Federal do Paraná (IFPR) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

Entre as reivindicações dos funcionários está a revogação das leis que criaram a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Com a criação desta empresa, o Hospital das Clínicas (HC) deixa de ser gerenciado pela Fundação da UFPR (Funpar). Os trabalhadores também protestam contra a decisão da justiça que determinou a demissão dos funcionários do HC que são contratados pela Funpar.

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