quinta-feira, 6 de março de 2014

Um ano depois da morte de Chávez, venezuelanos lembram seu legado

Há um ano na Venezuela, todos os dias às 16h25, é disparado um tiro de canhão em homenagem a Hugo Chávez. Nesta quarta, 5 de março, o ato fez parte das atividades para lembrar o primeiro ano de sua morte. Desde as 4h, eram soltados rojões por toda Caracas. Também foram realizados um desfile cívico-militar, um ato político-cultural, que contou com a presença de cantores e presidentes e uma missa. 

Por Vanessa Martina Silva, do Portal Vermelho



Atividades em memória do presidente foram realizadas em diversas partes do mundo. Em Caracas, a cerimônia política foi realizada no Quartel da Montanha, onde estão os restos mortais do presidente. O ato foi acompanhado pelos presidentes de Cuba, Raúl Castro, da Bolívia, Evo Morales, da Nicarágua, Daniel Ortega, do Suriname, Dési Bouterse, pela primeira-ministra da Jamaica, Portia Simpson-Miller e pelo Assessor Especial da Presidência da República Brasileira para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia

O ponto em comum entre todas as falas foi a evidência de que o legado de Hugo Chávez permanece vivo e presente na América Latina mesmo após sua morte. Em seu discurso, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que “um ano depois, a semeadura de Hugo Chávez deu uma boa colheira no mundo. A semeadura do humanismo verdadeiro, da independência e soberania”.

Maduro enfatizou que “a pátria que [Chávez] ajudou a levantar e ser independente está de pé batalhando como deve ser. Se algo nos fortalece é a luta, a batalha de ideias, defesa dos princípios, da justiça, dos projetos que demonstrou ser superior em nossa pátria”, disse.
 

O mandatário lembrou que o comandante Chávez costumava lembrar que “quem disse que seria fácil? Quem disse que romper as amarras, com o império, recuperar a soberania do petróleo, despertar com a consciência de uma nova união da América Latina seria fácil?”.

Quanto ao processo de golpe que está sendo vivido pelo país, Maduro afirmou que o país está em meio a uma batalha pelo direito à paz. “Se lançaram de maneira voraz e com força contra a pátria. Mas isso gerou mais coesão do povo, mais união cívico-militar. A batalha fez nos unir. Quero saudar intelectuais como Ramonet, Stédile, Marco Aurélio, esta batalha para defender nossa terra e o projeto revolucionário”.
 

Maduro disse que “o projeto revolucionário construído pelo comandante ajudou a levantar um país que decidiu ser independente, soberano e que, apesar de setores da oposição venezuelana insistiam que com a saída de Chávez a revolução acabaria, hoje esse processo de transformação se impõe como a melhor alternativa para esses modelos durante que durante dois séculos saquearam nosso povo e saquearam nossa riqueza".

Maduro fez questão de mencionar que há um movimento coordenado internacionalmente que pretende, por via de pequenos grupos, encher o país de violência. E, diante da ingerência das ações do governo panamenho com relação ao país, anunciou a suspensão das relações diplomáticas e comerciais com o Panamá.

O mandatário encerrou sua fala ressaltando a abertura que fez à oposição para o diálogo no marco da conferência de Paz, que será realizada nesta quinta-feira (16).

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