A semana se encerra com duas
perdas irreparáveis no cenário artístico, embora trilhando caminhos diferentes,
estes dois homens foram gigantes naquilo que fizeram, os amantes de ambos os
gêneros ficaram órfãos de dois grandes pais em seus respectivos seguimentos.
Morreram Dino Franco e José Wilker.
O primeiro é conhecido no seleto
grupo de amantes da verdadeira música sertaneja, compositor de clássicos do
gênero, Dino Franco por muitos anos fez com o também saudoso Mouraí um dueto
dos mais incomparáveis da música sertaneja, a Dino Franco são atribuídas
músicas que devido a grandeza de qualidade, traduziram com exatidão a vida do
sertanejo e o cenário em que este vive, são de Dino Franco modas de viola
épicas como Caboclo na cidade e a cachaça e fumo, com José Fortuna, o Poeta
Dino Franco produziu Cheiro de Relva, tido como um dos maiores clássicos e
por muitos como um hino sertanejo onde
louva-se a perfeição da natureza divina. Dino Franco é irmão de Adão Franco
morador da cidade de Diamante no Norte. Morre aos 77 anos para empobrecimento
da clássica música sertaneja.
Quanto a José Wilker, um
catedrático no segmento das artes cênicas, o Cearense de Juazeiro do Norte tornou-se
um dos maiores atores que este país conheceu, intelectual e narrador de voz inconfundível,
Wilker foi sucesso em todos as personagens que interpretou. Para a minha
geração, imortalizou-se como Roque Santeiro, personagem que dava nome a novela
de maior sucesso nesse país onde as novelas são superproduções conhecidas, respeitadas e admiradas em todo mundo. José Wilker surpreendera o país e o meio
artístico ao morrer em decorrência de um enfarto em Ipanema Rio de Janeiro. O
ator faleceu aos 67 anos.
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