quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Professores estaduais paralisam atividades por 24h e protestam em Curitiba

Docentes querem reunião com o governo do estado para apresentar reivindicações


Os professores da rede estadual de ensino se reúnem em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba, nesta quarta-feira (26), para a realização de um protesto no dia de paralisação da categoria em todo Paraná. Eles pretendem ter uma reunião com o governo do Estado para apresentar as reivindicações.

A paralisação ocorre no dia em que ocorreriam as eleições para diretores das escolas estaduais. As eleições, entretanto, foram suspensas pelo governo por um ano, fato que foi contestado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Paraná (APP Sindicato), que considera antidemocrática a atitude do governo.

Segundo o secretário de imprensa da APP Sindicato Luiz Fernando Rodrigues, a estimativa da entidade é de que 60% dos professores participem da paralisação. "Esperamos pelo menos mil professores em Curitiba de todo o estado".

Entre as reivindicações dos professores estão o pagamento de progressões atrasadas, que, segundo Rodrigues, somam R$ 70 milhões, melhorias no atendimento à saúde, realização de novos concursos, além da regulamentação dos professores de PSS (temporários).

Os professores ainda pretendem discutir com o governo a suspensão das eleições para diretores, aprovada na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em um episódio que gerou confusão e alguns docentes ficaram feridos ao serem retirados do plenário.

Seed

A Secretaria de Educação do Paraná (Seed) ainda não tinha, por volta das 9h, números de escolas afetadas e professores que aderiram à paralisação. O balanço deve ser divulgado até o meio-dia.

Colégios

Em pelo menos seis colégios de diferentes bairros de Curitiba, levantamento da reportagem mostrou que as aulas continuam praticamente sem adesões à paralisação nesta quarta-feira. No Colégio Estadual do Paraná (CEP), o maior do estado, segundo a diretoria o funcionamento é praticamente normal, mas muitos professores estão sem dar aulas, a maioria por ser final de ano e já ter passado todo o conteúdo do bimestre.

Nos colégios estaduais Leôncio Correia (Bacacheri), Bom Pastor (Vista Alegre), Julia Wanderley (Batel), Polivalente (Boqueirão) e Alcyone Vellozo (CIC), o funcionamento era normal, sem adesões à paralisação.

Por Rodrigo Batista
Gazeta do Povo

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