sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Perdição.

May Gregório
A cena era muito simples, eu na minha inquietação, ele na calmaria, é como se a cada troca de olhares me fizesse viajar além do paraíso, eu daria tudo pra ver aqueles olhos castanhos brilharem pra mim todas as manhãs, aquele jeito de falar manso, a sua forma adocicada de pronunciar o meu nome, sentir aquele perfume do qual eu nunca enjoo, e aquela voz doce no meu ouvido.

Daria tudo pra ser a dona daquele olhar, sorriso, ahh aquele sorriso... aquele beijo… As coisas boas não deviam ser efêmeras como 3 dias de carnaval, as coisas boas deveriam ser eternas. Mas que culpa tem o coração de não me escolher ?

Foi bom, perfeito e bonito, breve como uma bola de sabão.. é  o fim as vezes é mais perto do que esperamos , engraçado, nenhuma lágrima escorreu pelo meu rosto, logo eu que sou do tipo menina boba que chora até com filme de comédia, mas nesse dia não, talvez porque eu senti que não era só um fim, mas também um começo de muita coisa, um novo começo. Inútil é pensar e repensar sobre coisas que não dependem de só de nós, não vou ficar usando argumentos convincentes, como quem defende uma tese a espera de uma aprovação.. 

Pra mim o que tem valor são as atitudes espontâneas, de coração. Defeito ou talvez perfeição, sou coração e acho que isso me define muito bem, coração escancarado... E depois de tudo o que houve e das palavras curtas proferidas em tom de indiferença, a única solução é esquecer. Mas me diz! Como esquecer aquele que fez seu mundo parar e girar do lado contrário?

Texto de May Gregório

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