sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Lutar é um verbo sempre no presente


Terminando com um, começando com outro, a vida é sempre matar seu leão diário.

Um por um, este blog procurou fazer sua parte num ano de decisão em que o resultado eleitoral deixou claro, mesmo para quem se acha uma formiguinha, que uma grande montanha se faz com cada pequeno grão.

Hoje, mesmo não sendo talvez não sendo o dia de uma festa como desejaríamos, onde não houvesse uma sombra sequer de preocupação a macular nossa alegria, é certamente o dia de uma celebração, e das mais importantes.

Superamos, com a vitória de Dilma no voto popular, mais um capítulo de uma luta que não terminará nunca: a de fazer do Brasil um país livre e dos brasileiros um povo na plenitude de sua felicidade e potencial.

Enfrentamos todos os poderes do atraso e da dominação, num país atrasado e dominado há séculos.
E isso não é pouca coisa, porque significa enfrentar uma máquina injusta, impiedosa e imoral.

Também não é pouca coisa termos como Presidenta uma mulher de fibra, de honradez inquestionável, de compromissos de toda uma vida – e dores indescritíveis, por isso – em favor da libertação do povo brasileiro.

Igualmente, é hora de celebrar a continuidade do que já é imenso e precisa ser muito mais: os avanços arrancados a fórceps nas estruturas iníquas.

Paradoxalmente, é hora também de pensar no lado positivo que – e isso vai depender de nosso destemor – surgidos no país, pelo que nos abrem de possibilidades de avançar para as reformas eleitorais e políticas que retirem ao máximo o poder econômico, senão da política, ao menos da eleição.

E isso incluiu dinheiro para campanhas mas, também, a expressão incontrastável do poder econômico pelos mecanismos de mídia.

Portanto, se talvez não haja, de fato, um clima para o carnaval de alegria que gostaríamos de ter, certamente há diante de nós o horizonte do campo de batalha que nos aguarda.

Que vai até o infinito, nesta maravilha que é poder sentir-se parte da história de um país que, não importam o que façam, tem o destino traçado para a felicidade.

Que não nos escape, portanto, a felicidade de estarmos começando 2015 com os desafios da vitória.

Por Fernando Brito

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