terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

QUANDO O SER HUMANO SE COISIFICA


Por Ana Helena Tavares

Sempre se soube que o preconceito nasce da intolerância humana. Talvez uma intolerância a si mesmo. Aquele que julga o outro inferior – por cor, origem, credo – só pode sofrer de séria crise de identidade. Quem se ama não tem porque odiar seu semelhante de forma gratuita e baixa.

Já está provado pela ciência – queiram os puristas ou não – que todos nós – paulistas e nordestinos, ricos e pobres, brancos e negros, judeus e palestinos – fazemos parte de uma só raça, maravilhosamente diversificada: a raça humana.

No entanto, na contramão da diversidade humana, muitos cientistas prometem, daqui a algum tempo, oferecer a possibilidade de que se determine, ainda na barriga da mãe, as características de um ser humano, podendo-se, assim, “montar” um filho idealizado segundo a visão de seus pais. Isto pode trazer sérias conseqüências.

Fazer com que o ser humano já nasça perfeito seria criar super-homens para matá-los pela própria perfeição. Ser perfeito é sinônimo de não ter desafios a superar. Não ter desafios a superar é sinônimo de morrer em vida.

Sendo assim, quem vai querer ter em casa grandes gênios e beldades? Só mesmo os insensatos... Que passarão a discriminar o restante.

Ops... Passarão? Estaríamos, com isso, entrando num nazismo disfarçado ou já viveríamos nele?

No Ousar Lutar

Nenhum comentário:

Postar um comentário