sábado, 7 de março de 2015

Marta Suplicy sai de vez do armário e assume discurso tucano

Seguindo literalmente os passos de Marina Silva, Marta está com os dois pés no PSB
A senadora Marta Suplicy, por enquanto do PT, saiu definitivamente do armário. Em artigo publicado nesta sexta-feira (6), na Folha de S. Paulo, a parlamentar que até novembro de 2014 era ministra da Cultura do governo Dilma, assume o discurso da oposição e diz agora que a reeleição “navega num mar de inverdades, propaganda enganosa”.

Por Dayane Santos, do Portal Vermelho

Desde a sua saída do ministério, Marta Suplicy vinha utilizando a mídia para destilar suas “críticas” ao governo e ao seu partido, o PT. Lideranças petistas apontavam como causa a disputa eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, em que Marta se sentiu preterida com a escolha de Fernando Haddad em 2012 e, provavelmente, em 2016.

Agora, com praticamente os dois pés fora do PT, já que informações dão conta de um acordo com aval do tucano Geraldo Alckmin, para a sua filiação ao PSB em abril, a senadora ataca o governo Dilma para garantir palanque, inclusive da mídia golpista.

Em 1904, Lenin em seu livro Um Passo em Frente, Dois Passos Atrás (A Crise no Nosso Partido), dizia que todo oportunista tem como traço característico o seu caráter vago, impreciso, inapreensível. Assim é o discurso de Marta. Diz que é “um privilégio” voltar a ter o espaço na Folha e sem modéstia, afirma que como uma pessoa de “visão muito crítica” vai escrever com “audácia e transparência”.

Sob o título A vaca vai pro brejo?, Marta diz que o governo e o PT negam “a realidade” e trabalham “com a estratégia errada”. Depois afirma que o governo mentiu o que “desemboca na estratégia equivocada”.

Em defesa de FHC

Sobre as investigações da Petrobras, a ex-ministra chega até a sair em defesa de FHC dizendo que as irregularidades são sistêmicas, mas que “culpar FHC (não tenho ideia se começou no seu governo) não faz sentido” e classifica como “manobra diversionista”.

Isso porque a presidenta Dilma destacou que se a política de engavetar investigações, praticada durante o governo do PSDB, não tivesse ocorrido, a corrupção na Petrobras teria sido descoberta muito antes.

E Marta não fica por ai. Ela critica os trabalhadores da Petrobras e os movimentos sociais por denunciarem a campanha contra a estatal que tem como interesse a entrega da Petrobras ao cartel internacional. “Recupera-se o discurso de que as elites se organizam propagando mentiras porque querem privatizar a Petrobras. Valha-me!”, diz ela.


Como já apontamos, Marta assume o discurso do ódio e criminalização contra lideranças do PT, como tem feito os golpistas da oposição. “O povo, e aí refiro-me a todas as classes sociais, está ficando muito irritado com o desrespeito à sua inteligência. Daqui a pouco o lamentável episódio ocorrido com Guido Mantega poderá se alastrar. Que triste”, diz ela se referindo à agressão sofrida pelo ex-ministro da Fazenda que foi ofendido por meia-dúzia de derrotados nas eleições quando acompanhava a sua esposa num tratamento hospitalar.

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