sexta-feira, 13 de março de 2015

Nasa afirma que Oceano em Marte era tão extenso quanto o Ártico

Cientistas descobriram a existência de um oceano primitivo em Marte (Foto: Nasa/GSFC)
Planeta vermelho perdeu 87% de água no espaço, segundo cientistas.

Pesquisa foi publicada na revista 'Science'.

Da France Presse

Cientistas que trabalham na agência espacial americana, a Nasa descobriram que, em algum momento, existiu em Marte um oceano tão extenso quanto o Ártico. A informação foi publicada nesta quinta-feira.
Os pesquisadores também calcularam, mediante a análise da atmosfera marciana, que o planeta vermelho perdeu 87% de água no espaço.

No artigo publicado na revista especializada "Science", a equipe explica que, quando Marte ainda era úmido, havia água o bastante para cobrir completamente o planeta até uma profundidade de 137 metros.
Na realidade, provavelmente a água formava um oceano que cobria a metade do hemisfério norte do planeta, aonde atingia até 1,6 km de profundidade.

Observações detalhadas
Dada a formação geológica em Marte, não é de hoje que os cientistas consideram essa parte do planeta como a zona mais propícia para ter um oceano, que talvez tenha se estendido por 19% da superfície de Marte. Em comparação, o Atlântico ocupa 17% da Terra.

"Nosso estudo estima que havia uma alta concentração de água em Marte, ao determinar as quantidades perdidas no espaço", explica Gerónimo Villanueva, um dos autores do trabalho e pesquisador no Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA, em Greenbelt (EUA).

A estimativa se baseia em observações muito detalhadas sobre formas levemente distintas da água: a mais familiar, formada por um átomo de oxigênio e dois de hidrógeno (H2O), e a água pesada, quando um dos dois átomos de hidrogênio é substituído por deutério.


Usando o telescópio infravermelho Keck 2, localizado no Havaí, e o poderoso telescópio europeu ESO, no Chile, os cientistas puderam fazer a distinção entre a constituição química da água nos dois casos. Comparando a proporção de água pesada na água normal, os pesquisadores conseguiram deduzir quanto de água foi perdido no espaço.

Fonte G1

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