quarta-feira, 1 de abril de 2015

Vaza novo projeto de Richa para confisco de R$ 8 bi da Previdência; servidores cogitam retomar greve


O anteprojeto de reforma de previdência do governo do estado que vazou na semana passada está recebendo duras críticas dos servidores de diversas áreas do governo. Os sindicatos de professores das universidades estaduais já estão se mobilizando para a retomada da greve encerrada há poucos dias. A APP-Sindicato tem assembleia geral marcada para dia o fim de abril.

O envio do projeto do governo para a Assembleia Legislativa foi adiado de ontem (31) para a próxima segunda-feira (6). Há quem duvide que o projeto saia. Mas se for apresentado nesses moldes, uma nova crise política deve se instalar no governo estadual.

O texto do anteprojeto propõe transferir servidores do Fundo Financeiro para o Fundo Previdenciário que tenham ingressado após 31/12/2003 e também aqueles que contarem com idade igual ou superior a 73 anos.

Esta segregação de massas atingiria aproximadamente 33 mil servidores e desobrigaria o Estado deixe de depositar algo em torno de R$ 143 milhões mensais. Há outros pontos que desagradam os servidores, como a criação do complementar e a formatação do conselho paritário de administração do fundo de previdência.

Ou seja, a essência continua sendo a mesma do projeto anterior — que era confiscar de uma vez R$ bilhões da poupança previdenciária dos servidores –, mas a ocupação da Assembleia, em 12 de fevereiro, salvou a Paranáprevidência. Só que agora, em vez de confisco único, serão “sacados” os recursos em prestações mensais…

Os deputados da oposição na Assembleia já manifestaram os pontos de discordância ao líder do governo, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB). Mesmo sem atender à oposição, o governo ainda teria maioria para aprovar o projeto. Resta saber se a base do governador está disposta a repetir o mico do “camburão” e se Beto Richa vai arriscar o pescoço novamente atiçando os sindicatos.

A greve de fevereiro mostrou que os servidores não estão para brincadeiras.

Com informações do Adunicentro.

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