PARANAVAÍ - Instaurado inquérito para descobrir quem violou túmulo

“Trabalho aqui há 39 anos e jamais pensei em ver algo parecido. Uma tremenda falta de respeito com a falecida e com os seus familiares”, afirmou o administrador do cemitério, Amilcar Pereira dos Santos.

O médico do Instituto Médico Legal (IML) de Paranavaí esteve no local para coletar material

Foto: Robson Fracaroli

A Polícia Civil instaurou um inquérito para descobrir quem violou um túmulo no cemitério central de Paranavaí, na noite de anteontem. O corpo de uma mulher foi encontrado fora do caixão na manhã de ontem pelos trabalhadores do cemitério.

Os policiais irão percorrer o entorno do cemitério para verificar possíveis imagens de sistemas de segurança e tentar encontrar possíveis suspeitos. A única câmera de monitoramento da Prefeitura instalada nas proximidades do Ginásio Noroestão está mal posicionada e só faz imagens do chão. A mulher tinha sido sepultada no final da tarde de anteontem.

CURIOSOS - A Polícia Militar teve de isolar a área, ontem, para evitar a entrada de curiosos. Mesmo assim, diversas pessoas ficaram no muro vendo a movimentação interna. Um enterro que seria realizado às 10h teve de ser adiado.

O médico do Instituto Médico Legal (IML) esteve no local por volta das 10h30 e coletou material para fazer exames de laboratório. O objetivo é saber se o corpo sofreu abuso - o resultado deverá sair entre quatro e seis meses.

FALTA DE RESPEITO - De acordo com o administrador do cemitério, Amilcar Pereira dos Santos, a mulher foi enterrada no final da tarde de anteontem. Um grupo de pessoas que iria fazer a reforma em um túmulo que encontrou o corpo da mulher, sem roupas.

A princípio os trabalhadores acreditaram que alguma pessoa tivesse passado mal e caído, porém, ao se aproximarem foi possível constatar que a sepultura tinha sido violada e o caixão retirado, assim como o corpo da mulher.

“Trabalho aqui há 39 anos e jamais pensei em ver algo parecido. Uma tremenda falta de respeito com a falecida e com os seus familiares. Não tenho palavras para expressar meu sentimento”, disse o administrador do cemitério.

CASO PARECIDO - No mês de setembro do ano passado o túmulo de uma mulher de 97 anos foi violado no cemitério central de Paranavaí. Na ocasião os funcionários descobriram a sepultura com a parede aberta.

O caixão foi retirado parcialmente do lugar e a tampa estava somente encaixada e desparafusada. A Polícia Civil instaurou um inquérito e um adolescente de 17 anos chegou a ser abordado pela PM no cemitério e foi liberado porque ficou comprovado que não tinha cometido o crime.

Familiares da vítima atestaram que nada foi retirado do corpo da idosa. A pessoa que violou o túmulo chegou a retirar papéis que estavam próximo dos pés da idosa, porém, foi possível constatar que o corpo da vítima não foi tocado.

Fonte - Diário do Noroeste