terça-feira, 21 de julho de 2015

ONU aprova acordo internacional com o Irã

O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade uma resolução de apoio ao acordo nuclear negociado por potências mundiais com o Irã. Os 15 membros do órgão executivo da ONU votaram a favor do acordo apesar da oposição do Congresso estadunidense dominado pelos republicanos, que pretendem frear a ação internacional, qualificada pelos líderes da imensa maioria das nações como "histórica".


"O acordo elimina todas as vias para que o Irã obtenha uma arma nuclear", declarou a embaixadora estadunidense na ONU, Samantha Power, ao mesmo tempo que põe em andamento uma inspeção e transparência rigorosa para verificar seu cumprimento pelas autoridades iranianas.

A resolução aprovada cria as bases para que sejam levantadas as sanções econômicas internacionais contra a nação persa e ao mesmo tempo acentua o confronto entre a Casa Branca e o Congresso.

O Irã comprometeu-se em Viena a permitir que observadores internacionais inspecionem suas instalações durante os próximos 10 anos e outras medidas para garantir que suas atividades de energia nuclear tenham fins puramente pacíficos.

Fontes diplomáticas advertem que, se o Congresso estadunidense se negar a levantar as sanções de seu país contra o Irã, este país pode abrir mão de seus compromissos, o que levaria ao fracasso do acordo com as potências mundiais.

O presidente Barack Obama já afirmou que vetará qualquer ação do Congresso para recusar o entendimento, que apesar de eliminar muitas restrições mantém um embargo de armas e estabelece um grupo especial para examinar a importação de tecnologia sensível sobre uma base de caso por caso.

Os legisladores estadunidenses opunham-se a que a ONU votasse sua resolução sem eles terem a oportunidade de debater o documento.

Esta semana, o Comitê de Relações Exteriores do Senado realizará sua primeira audiência sobre o acordo no dia 23 de julho, quando comparecerão nesse fórum o secretário de Estado, John Kerry, o secretário de Energia, Ernest Moniz, e o secretário de Tesouro, Jack Lew, para defender as posições do governo.

No domingo, Kerry recusou que o acordo atingido por potências mundiais com o Irã aumentará a instabilidade internacional e assegurou que seu país sempre pode atuar de maneira unilateral para responder a qualquer violação.

Advertiu que se o Congresso não aprovar o negociado em Viena pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, França, China e Reino Unido mais a Alemanha) não haverá sanções contra Teerã, que se sentiria livre para fazer as mesmas coisas que o acordo evita.

Além disso, o secretário de Energia, Moniz, apontou que será virtualmente impossível para o Irã encobrir a atividade nuclear no marco do acordo.

Fonte: Prensa Latina


Nenhum comentário:

Postar um comentário