A população guatemalteca sai cedo hoje para eleger um novo
presidente, em segundo turno, sem grandes expectativas de mudanças no
ensombrecido panorama nacional para o período 2016-2020.
A controvérsia em torno dos dois candidatos por um dos quais
deverão ser decidido -Sandra Torres (Unidade Nacional da Esperança, UNE) e
Jimmy Morales (Frente de Convergência Nacional-Nação, FCN-Nação)- alimentou os
receios dos potenciais eleitores e seguro incidirá nos resultados das urnas.
Para além das acusações lançadas de um a outro candidato,
ativistas sociais e analistas concordam em que estes pouco resolverão em favor
dos 53% da população na pobreza, nem acabarão com a violência rampante no
território que deixou uns 4.261 mortos de janeiro a outubro de 2015.
No entanto, os chamados a exercer ao voto são reiterados
desde todos os setores, diante da necessidade de preservar a estabilidade
ganhada em um país que viveu 36 anos de conflito armado (1960-1996) e cuja
população ainda sofre as sequelas de uma contenda que deixou mais de 250 mil
vítimas.
Autoridades de Governo e do Tribunal Supremo Eleitoral
(TSE), órgão encarregado de comandar as eleições, coincidiram em que todas as
condições estão criadas para um bom desenvolvimento do processo para o qual
estão habilitadas 7 milhões 545 mil 873 pessoas.
Este 25 de outubro, acrescentaram, 2.400 promotores estão
prontos para dar cobertura ao trabalho nos 2.500 centros de votação e 19.500
mesas receptoras conformadas para a ocasião.
Enquanto, aproximadamente 33 mil polícias garantirão a
segurança nos 22 departamentos do país, sobretudo em 75 dos 339 municípios em
que existem ameaças de conflito social.
A perspectiva das autoridades do TSE é conseguir neste domingo
uma assistência às urnas superior ou ao menos similar à atingida durante o
primeiro turno, em 6 de setembro, quando a participação cidadã bateu um recorde
histórico, ao superar 70,38%.
Este número é a mais alta em umas eleições gerais desde a
entrada em vigência da Constituição de 1985, mais algumas e alguns continuam
céticos diante o segundo turno onde são evidentes a apatia e a predisposição de
boa parte do eleitorado.
Via Prensa Latina
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