sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Direita - Governo Macri derruba restrições para compra de dólar e desvaloriza peso argentino

Com fim do 'cepo cambial', moeda tende a uma forte oscilação; expectativa é que o valor do peso acabe por se aproximar, no médio prazo, ao do "blue".

Governo de Mauricio Macri levantou o cepo cambial e anunciou desvalorização do peso argentino
O ministro da Fazenda e Finanças da Argentina, Alfonso Prat-Gay, anunciou no começo da noite desta terça-feira (16/12) o fim do chamado "cepo cambial", uma série de restrições à compra de dólares estabelecidas pelo governo de Cristina Kirchner em 2011. Com a decisão, o peso argentino será desvalorizado, o que deve acabar com o mercado paralelo da moeda.

Atualmente, o dólar vale, no câmbio oficial, cerca de $ 9,70 (R$ 3,91) e, no paralelo — conhecido como “blue” —, aproximadamente $ 14,70 (R$ 5,93). Com o fim do cepo, a equipe econômica de Mauricio Macri trabalha com valores para o dólar entre $ 13 (R$ 5,13) e $ 14,50 (R$ 5,73), mas, nos primeiros dias, é possível que haja uma forte oscilação até que o mercado se ajuste.

Já foi determinado, no entanto, que o BCRA (Banco Central da República Argentina) irá intervir no mercado de câmbio caso o dólar ultrapasse a barreira dos $ 16 (R$ 6,45).

Por conta do "cepo cambial", bancos e casas de câmbio têm que pedir permissão à AFIP (órgão equivalente à Receita Federal da Argentina) antes de autorizar uma transação de compra e venda de dólares, por exemplo. Além disso, pessoas físicas que fossem comprar a moeda norte-americana eram obrigadas a apresentar declarações juramentadas para compras pela internet e o pagamento de um imposto do 50% sobre o total da operação. Com a medida do governo Macri, essas restrições acabam.

Para tentar segurar a inflação - um dos efeitos diretos da desvalorização de uma moeda - o governo também subiu a taxa de juros para 38%, em uma medida para desestimular o consumo. Macri disse, no entanto, que “estão errados” os economistas que temem pelo impacto inflacionário que a desvalorização geraria, pois a inflação já acompanha o câmbio “blue”, segundo ele.

Via – Opera Mundi

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