domingo, 17 de janeiro de 2016

ENEM, violência contra as mulheres e uma nova geração de feministas

2015, um ano marcando pela #PrimaveraFeminista que eclodiu na ruas do Brasil contra o PL 5069, também ganhou força com o tema da redação do ENEM que fez mais de 7 milhões de jovens refletirem sobre a violência contra as mulheres.


Por Maria das Neves
No USJ

A maioria das jovens mulheres que ocuparam as ruas Contra o PL 5069 e pelo #ForaCunha fez o ENEM. Perguntei em uma das manifestações. E, certamente todas foram muito bem. Afinal, escrever sobre violência é escrever sobre a realidade cotidiana de cada uma de nós, mulheres.

E, muitas aproveitaram a redação para denunciar as violência sofridas. A violência contra as mulheres persiste! E se manifesta de diversas formas, nas ruas, em casa, no trabalho, nas escolas, nas Universidades.

Temos uma geração de meninas que tão jovens passaram a identificar mais a violência que sofrem, estão desnaturalizando o machismo e buscando formas de enfrentar-lo.

Precisamos criar mais canais de diálogo que permitam ouvir as denúncias, seguir ampliando a rede de proteção e enfrentamento à violência contra as mulheres.

As redações só afirmam o papel estratégico da educação para enfrentar o machismo e todas as formas de opressão. Precisamos debater gênero nas escolas e nas Universidades , sim!

Essas meninas estão rompendo séculos e séculos de silêncio imposto, estão enfrentando o medo de denunciar. Esse é o primeiro passo para rompermos o ciclo de violência. Uma vida sem violência é um direito de todas as mulheres. É um direto!

Precisamos continuar encorajando-as! O machismo mata, mas o feminismo liberta!

Espero encontrar essas meninas nas Universidades, no Encontro de Mulheres da UNE, para montarmos coletivos feministas e seguirmos lutando pelo fim da violência contra as mulheres.

Boa sorte, meninas! Tenho certeza que nos encontraremos nas Universidades e nas ruas. Continuem denunciando, liguem 180. Estamos juntas!

Nós somos livres!

Nenhum comentário:

Postar um comentário