quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Toma posse como suplente o deputado que Cunha tentou barrar

Após o aval de Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal, e contra a vontade de Eduardo Cunha, tomou posse nesta quarta-feira (06) como suplente o vereador licenciado do Rio de Janeiro, Átila Nunes (PMDB-RJ), aliado do deputado Leonardo Picciani (RJ), da ala peemedebista mais próxima do governo.


O presidente da Câmara teve que cumprir na manhã de hoje a decisão liminar do STF. Desde que Picciani se aproximou do Palácio do Planalto, uma disputa interna colocou Cunha contra o líder do PMDB na Casa. Átila entra na cadeira do deputado Ezequiel Teixeira, que saiu da Câmara para assumir a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, a pedido do governador Luiz Fernando Pezão. Com isso, o novo deputado teve direito a assumir a vaga de suplente.

Em dezembro do último ano, Nunes recorreu ao STF para assumir o posto, afirmando que o presidente da Câmara estaria se negando a empossá-lo. A justificativa alegada por Cunha para deter o aliado de Picciani era de que o seu mandato de vereador no Rio o impossibilitava de assumir outro cargo público. Eduardo Cunha também argumentou que a posse estaria condicionada à compatibilidade do então vereador ao cargo de deputado.

A medida endossou o movimento do presidente da Câmara, no fim do ano passado, para tirar Picciani da liderança do PMDB na Casa e substituí-lo por Leonardo Quintão (MG), nome mais próximo de Cunha. Picciani tentará permanecer como líder da bancada este ano.

Lewandowski negou os argumentos de Cunha, no dia 29 de dezembro. "Levando-se em consideração que suplente não é detentor de mandato, que o exerce apenas durante um período da legislatura, aparentemente a ele não se aplicariam algumas das restrições constantes no texto constitucional", disse o presidente do STF, acrescentando que Átila Nunes deveria ser empossado imediatamente.

Na manhã desta quarta, durante mais de uma hora na sala do presidente da Câmara, Cunha deu a posse a Átila, afirmando que a demora "não foi pessoal".

Via – Jornal GGN

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