sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Universitários chamam a defender conquistas da Revolução bolivariana

Representantes de universidades públicas da Venezuela convocaram hoje uma manifestação nacional na próxima terça-feira em defesa de seus direitos e contra os projetos da direita para desestabilizar o país.

De acordo com Telémaco Figueroa, coordenador da Federação de Trabalhadores Universitários da Venezuela (FTUV), o chamado "Portonazo", desde as 10:00 horas (local), servirá para denunciar iniciativas do Legislativo, de maioria opositora ao Governo, que dão voz beligerante às instituições autônomas de Ensino, que só busca o conflito.

Em nossos centros docentes, reafirmaremos as conquistas e avanços atingidos desde a chegada do Presidente Hugo Chávez (1999-2013) e que se mantêm até a atualidade, afirmou o ativista.

"Nós não vamos cair na armadilha da nova Assembleia Nacional de tentar meter o setor nessa agenda de direita", ressaltou em referência à criação de uma Comissão Especial do Parlamento para investigar reclames ao Executivo por parte das universidades autônomas.

Segundo a proposta, realizada pelo deputado opositor Miguel Pizarro, a nova Assembleia Nacional assumirá "a luta das universidades autônomas" que, segundo propôs, são asfixiadas pelo Governo nacional".

Figueroa sublinhou que a Federação defenderá a Lei Orgânica de Educação, que estabelece que os integrantes do setor universitário (estudantes, trabalhadores e professores) devem ser os que escolham suas autoridades.

Outro dos objetivos do Portonazo, disse, será manifestar o rechaço às ações da direção parlamentar e de seu titular Henry Ramos Allup, ao retirar os retratos do Libertador Simón Bolívar, e do Comandante Chávez.

Na Venezuela, a postura de algumas autoridades universitárias, que se opõem a prestar contas ao Estado, tem sido acompanhada por ações desestabilizadoras mediante paralisações que afetam mais de 225 mil estudantes de todo o país.

Durante o debate desse tema, ontem, o deputado e chefe da bancada do Grande Polo Patriótico, Héctor Rodríguez, rebateu a suposta asfixia das universidades.

Apontou que mais de 60% do orçamento que o Governo bolivariano investe nessa esfera, está dirigido às universidades autônomas, que só recebem 15% das matrículas de educação superior.

A Revolução Bolivariana criou mais de quarenta universidades, democratizando o acesso à educação superior, ressaltou; e ampliou o número de matrículas, que passou de menos de um milhão em 1999 para mais de três milhões de estudantes no ano passado.

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