sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Evo Morales: Batalha prosseguirá com mais força, experiência e unidade

O presidente da Bolívia, Evo Morales, declarou nesta quarta-feira (24) que perdeu “uma batalha, mas não a guerra”, referindo-se ao resultado do referendo que propunha o direito do presidente concorrer à terceira reeleição.


Em pronunciamento à imprensa em La Paz, Evo também agradeceu aos movimentos sociais que o apoiaram na campanha pelo “sim”. “Exceto neste referendo, em tudo derrotamos [a oposição], todas as batalhas. Agora perdemos uma batalha, mas não a guerra”, disse o mandatário. Destacou ainda que a batalha continua, com mais força, experiência e unidade.

A vitória do “não” foi confirmada na noite de terça-feira (23) pelo Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia, com 51,3%. Há 10 anos na presidência, Morales tentava poder concorrer a um quarto mandato nas eleições de 2019. O primeiro mandato não entra na conta por ser anterior à atual Constituição boliviana, em vigor desde 2009.

Já o ministro da Presidência, Juan Ramon Quintana denunciou que a Bolívia enfrenta ataques simultâneos por parte de políticos da direita “domesticados por um patrão imperial” e de meios de comunicação sem escrúpulos, segundo a agência Prensa Latina.

Em entrevista concedida ao programa televisivo Três em linha, o político assinalou que as estratégias oposicionistas são cada vez mais sofisticadas e incluem o chamado golpe suave e outras táticas dos Estados Unidos para desestabilizar nações do Oriente Médio.

“Além de implementar essas práticas em nosso país, utilizam a guerra econômica contra a Venezuela e a guerra midiática contra o Equador”, alertou. “Também impulsionaram uma estratégia comunicacional brutal contra os Kirchner na Argentina através do consórcio Clarín. Hoje temos meios na Bolívia que seguem o mesmo roteiro desse grupo, de uma elite que despreza o governo do povo”, denunciou.

Por outro lado, condenou os intentos da oposição de minar a legitimidade e o prestígio do presidente Evo Morales, suas qualidades de homem honesto, trabalhador e de grande estadista anti-imperialista que fez todo o possível para garantir a soberania e a dignidade dos bolivianos.

O ministro assinalou que no referendo em que Evo Morales foi derrotado o seu partido, o Movimento ao Socialismo fez uma batalha heroica graças ao apoio dos “pobres, humildes, desamparados, daqueles que sabem que a soberania do Estado Plurinacional depende da estabilidade e do crescimento econômico, e reconhecem a liderança de Evo Morales”.

Por outro lado, assegurou que o governo continuará impulsionando o processo de mudanças iniciado em 2006 e cumprirá o plano nacional de desenvolvimento até 2020, assim como a agenda patriótica até 2025.



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