sábado, 30 de abril de 2016

Em comissão do impeachment, defesa de Dilma alinha discurso de que não há crime

Em sessão que começou na manhã desta sexta-feira e durou quase dez horas, a Comissão Especial do Impeachment ouviu a defesa da presidente Dilma Rousseff, na acusação do crime de responsabilidade. Foram ouvidos os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa; e da Agricultura, Kátia Abreu, além do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. 

(foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Por Marcelo Ernesto

O responsável pela AGU, disse que o processo não consegue comprovar culpa ou dolo da Dilma no processo. “Não há dolo, não há crime”. Já Barbosa, sustentou que os recursos foram realinhados dentro do governo e que todas as medidas foram submetidas às áreas técnicas. Coube a Kátia Abreu falar justificar que no caso do Plano Safra os contratos não podem ser tratados como empréstimos e por isso, não configuram irregularidades.
Cardozo acabou respondendo à maioria dos questionamentos durante a sessão, que, em vários momentos ficou tumultuado, mas nada que se compare com os enfrentamentos e tensões da sessão dessa quinta-feira.

Hoje, em um dos momentos, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) questionou as ações do advogado-geral da União. Para ele, se o argumento é de que se trata de um golpe, Cardozo, como advogado da presidente, já deveria ter tomado atitudes. "O que está fazendo vossa excelência? Por que não procurou o Ministério Público? O que faz vossa excelência que afirma que é golpe e não toma providências?", disse.

Cardozo explicou que tomou todas as medidas possíveis até o momento e ressaltou que agora quer convencer o Senado a decretar a nulidade do processo de impeachment de Dilma. Mas ponderou: "Não afasto possibilidade de ir ao Judiciário".

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