quarta-feira, 18 de maio de 2016

A coruja gaba o próprio toco

Aves de rapina Brasil
Respeitando-se em suas devidas qualidades os conhecimentos filosófico e cientifico, vamos nos atentar aqui tão somente a um outro conhecimento, o do senso comum, sem jamais menosprezá-lo, pois por mais que pensadores e cientistas possuam suas convicções, o senso comum sem a pesquisa nem a experiência aprimorada, não deixa de ser um conhecimento do qual podemos acumular aprendizagens.

O dito popular “a coruja gaba o próprio toco” nos remete às fábulas onde a coruja é uma personagem inteligente, dada ao diálogo, personagem esta que se auto-promove, que intenciona convencer terceiros que ela, a coruja, possui qualidades mil, muito embora estas qualidades sejam inexistentes ou sejam vistas apenas no imaginário das corujas.

Foram das fábulas também, que tiramos a expressão “mãe coruja”, pois seus filhotes embora visivelmente horríveis, a mãe coruja os considera lindos. Portanto, quando o senso comum diz que a coruja gaba o próprio toco, obviamente concluímos que de forma alguma alguém em sã consciência propagará suas debilidades ou defeitos.

A propaganda busca convencer, evidenciar a um terceiro que determinado objeto, pessoa ou o que quer que seja possua qualidades ímpares, significativas e consideráveis. Quando a pessoa se comporta como a coruja das fábulas, muitas vezes ela está persuadindo aos quatro cantos sobre suas qualidades, qualidades muitas vezes inexistentes e vislumbradas apenas no imaginário daqueles que estão se auto-propagando.

“Sejam outras que te aplaudam, não as tuas mãos, seja outra que te louve, não a tua boca”. Assim nos ensina um dos provérbios atribuídos ao sábio Salomão. Ninguém jamais falará mal de si próprio, pois os próprios interesses estão sempre em jogo, é uma questão de lógica.

Portanto, prezado leitor, aproveitemos a sabedoria popular contextualizando seus ditados repletos de fundamentos. Em toda esta competitividade a qual estamos inseridos cada qual puxa a brasa para sua sardinha.

Pensemos nisso...

Mateus Brandão de Souza, graduado em história pela FAFIPA

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