Crise na educação em Planaltina do Paraná, professores municipais entram em greve por tempo indeterminado, na cidade, tensão entre educadores, pais de alunos e a prefeita Marisa Basso.
Enquanto o impasse permanece os mais de 500 alunos da rede
municipal de ensino ficam sem aulas. A prefeita Marisa Basso Madeiras expõe as
dificuldades financeiras.
Os mais de 500 alunos do ensino infantil e fundamental de
Planaltina do Paraná estão sem aulas desde ontem por conta de mais uma greve
dos professores municipais. Os profissionais reivindicam o pagamento do piso
nacional de R$ 2.164,00 por 40 horas/aula.
A administração municipal alega que por ser ano eleitoral
não haveria respaldo legal para o reajuste da categoria. “Já estivemos expondo
todas as dificuldades legais e nas finanças do município para as professoras,
estamos seguindo as orientações do TC/PR”, explicou a prefeita Marisa Basso
Madeiras.
De acordo com uma das grevistas, que pediu para não ter o
nome revelado, a administração municipal teria feito uma proposta de reposição
de 2,5%. “Essa proposta de 2,5% é referente à correção do INPC, o que nós queremos
é o pagamento do piso nacional”, disse a professora, que informou ainda que
aconteceria ontem uma Assembleia entre professores e APP para discutir a
proposta.
A professora disse que o salário inicial para categoria no
município é de pouco mais de R$ 700,00 por 20 horas/aula. A prefeita Marisa
relatou que poucos professores ganham menos que o piso.
“Temos três professores que ganham menos que o piso”, disse
a gestora que salientou que até o mês que vem estará mandando um projeto de Lei
para a Câmara para equiparar os salários dos que ganham menos que o piso.
“Além do projeto para reajuste dos professores que ganham
menos, também vamos enviar o projeto de Lei para reposição salarial dos demais
servidores”, disse a prefeita.
Já as grevistas alegam que estão ganhando abaixo do piso
nacional e querem a equiparação dos seus salários. “Nós não queremos saber de
política, queremos sim os nossos direitos, e o piso é um deles”, disse uma das
professoras em greve. A informação é de que cinco professores não teriam
aderido dessa vez à greve e ontem estavam nas escolas.
A prefeita Marisa disse ainda ter orientado os professores a
entrarem na justiça para análise do judiciário. “Com o respaldo jurídico nós
vamos cumprir o que determinar o juiz, enquanto isso não acontece estamos
seguindo as orientações do TC/PR”, disse a gestora que informou ainda que o
município está ingressando com pedido na justiça pedindo o retorno imediato dos
professores às salas de aula. “Estamos promovendo uma ação para determinar a
irregularidade da greve”, disse a gestora.
Essa é a segunda greve em menos de seis meses em Planaltina
do Paraná - a primeira no final do ano letivo de 2015 durou 22 dias. No último
dia 19 de abriu os professores fizeram um dia de paralisação.
A professora relatou ainda que de acordo com o jurídico da
APP/Sindicato o município poderia dar sim o reajuste salarial equiparando os
salários dos professores com o piso nacional. “A APP diz que até o dia 2 de
julho o município pode sim dar o reajuste”. Enquanto o impasse permanece os
mais de 500 alunos da rede municipal de ensino ficam sem aulas.
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