segunda-feira, 2 de maio de 2016

Marta Suplicy é vaiada no ato do 1º de Maio


Por Altamiro Borges

Não será nada fácil a vida dos golpistas - principalmente para os que, de forma oportunista, traíram o seu passado e jogaram a sua história no lixo. Que o diga a senadora Marta Suplicy, que foi eleita para diversos cargos públicos com o apoio do PT e que até o final de 2014 era ministra de Dilma Rousseff. Hoje, filiada ao PMDB do mafioso Eduardo Cunha, ela se traveste de vestal da ética e desponta como uma das líderes da cavalgada golpista pelo impeachment da presidenta. Haja botox!

Mas esta surpreendente conversão não engana ninguém. Os seus antigos eleitores, principalmente da periferia de São Paulo, já a tratam com desconfiança, como traidora. E seus novos "amigos", furiosos inimigos da esquerda e das políticas sociais, não gostam dela. Sempre a trataram de "Martaxa" e de outros adjetivos impublicáveis. Neste domingo, Dia Internacional dos Trabalhadores, Marta Suplicy teve mais uma prova de que sua jogada oportunista poderá dar xabu. Em pleno ato da Força Sindical, na capital paulista, ela foi vaiada e foi obrigada a encurtar seu discurso demagógico e golpista.

Segundo relato do insuspeito jornal O Globo, "a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que foi vaiada ao iniciar seu discurso, comentou o pacote de mudanças anunciado por Dilma, que chamou de 'ato de desespero'". Já o Estadão - que nunca gostou da ex-prefeita - pegou mais pesado. "Vaiada ao ser anunciada e durante seu breve discurso, a senadora Marta Suplicy, provável candidata do PMDB à prefeitura de São Paulo, afirmou que 'o Brasil tem jeito'. 'Daqui a 10 dias teremos uma luz no fim do túnel', disse ela, em referência à data de apreciação do processo de impeachment no Senado".

Esquecendo o seu passado, a ex-petista ficou ao lado de Paulinho da Força, o mercenário que sempre tentou desqualificá-la na política. Este, porém, parece que também não agradou as pessoas que foram ao Campo de Bagatelle, na zona norte da capital, para concorrer a um dos automóveis sorteados. Ainda segundo o Estadão, "anfitrião do evento, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) chegou a cantar uma música usada em atos de rua pró-impeachment, sem empolgar o público". Pelo jeito, os presentes rejeitaram os dois farsantes - um mais antigo e outra mais recente. A vida é dura!

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