sexta-feira, 27 de maio de 2016

Quanto ao julgar


Julgar sem conhecimento de causa é um grande erro, generalizar as pessoas, os grupos, as regiões, os países é algo que não devemos praticar, às vezes de onde menos se espera é que aparece a tão esperada solução. Temos a mania de julgar o livro pela capa, cuidamos muito da embalagem e nos esquecemos o conteúdo.

Jesus Cristo foi contemporâneo aos fariseus, grupo religioso que se julgava detentor da verdade, diziam-se irrepreensíveis, inquestionáveis, porém, grandes questionadores. Os fariseus queriam se mostrar impecáveis, mas a sua santidade era apenas fachada e o bom Cristo os conhecia muito bem, em uma de suas mais notáveis repreensões contra os hipócritas fariseus, disse: “Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão”. (Mt 23,27-28).

Portanto, está mais do que óbvio que as aparências enganam. O reluzir não é uma característica unicamente do ouro, sendo assim, condenar ou absolver pela aparência não é uma ação sensata.
O pré-conceito está intrinsecamente relacionado ao preconceito, ser preconceituoso é um dos tumores principais que nos impede evoluir como seres racionais. Por mais que haja divisões sociais ou territoriais, ninguém é melhor que ninguém e a raça é uma só, a humana.

Se for para haver divisão, que seja de dignidade, do bem comum. Não a divisão de grupos, das corriolas ou das panelinhas. É preciso que esta realidade venha à tona, somos todos uma só raça, independente das nossas ideologias, nossas roupas, dos nossos cabelos ou das nossas peles. Não é justo incriminarmos ou sermos incriminados por aquilo que pensamos. A saúde é o nosso maior patrimônio e a paz na consciência é o maior exemplo de qualidade de vida. Não tente ser melhor que ninguém. Somos todos falíveis, limitados e efêmeros. A vida é breve e perder tempo com picuinhas e disse que disse, não é algo inteligente.

Aprenda, o sistema cria uma pirâmide social imaginária, os que estão no topo, exploram, se julgam melhores do que os que estão embaixo, porém, no baixar da sepultura, somos a mesma coisa. A morte é a nossa grande certeza, não há doutor, não há mendigo, não há rico e nem pobre, não há feio e nem há bonito. Ela nivela a todos.

Pensemos nisso...

Mateus Brandão de Souza.

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