quarta-feira, 29 de junho de 2016

Aparecidinha - Polícia investiga elo entre assassinatos de três pessoas da mesma família


Depois da tensão pela violência extrema no Distrito de Aparecida do Ivaí, a situação voltou à tranquilidade, informou o escrivão Maykon Zorzan.

Conforme publicado pelo Diário do Noroeste, edição de 21 de junho, três pessoas da mesma família foram assassinadas em Aparecida do Ivaí, Distrito de Santa Mônica, a 110 km de Paranavaí. Uma das perguntas a serem respondidas pela investigação é se o autor confesso de duas mortes também tem envolvimento com o primeiro homicídio, quando perdeu a vida um jovem de 17 anos. 

O inquérito que investiga o caso é da Delegacia de Polícia Civil de Loanda. Na segunda-feira, 20 de junho, o comerciante acusado dos dois últimos homicídios, ocorridos no dia anterior, se apresentou. Ele alegou legítima defesa.

Disse que as vítimas foram à sua casa, supostamente para vingar a morte do adolescente. O comerciante nega qualquer participação neste caso do menor.
Ainda assim, negando um caso e alegando ter agido em legítima defesa, teve a prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário - ele permanecendo detido desde então.

O escrivão de Polícia Civil, Maykon Zorzan, forneceu detalhes do depoimento. O comerciante detido disse que estava em seu estabelecimento, quando chegaram os dois homens armados. Ele (o comerciante) teria saltado de um balcão e conseguido tomar a arma de um dos seus supostos agressores. Ainda nesta versão, o segundo teria se atrapalhado ao tirar a arma da jaqueta, o que deu tempo para a reação.

Seguindo esta linha de raciocínio, o comerciante conseguiu atirar nos dois, com a arma de um deles. O problema é que uma análise inicial revela que uma das vítimas morreu com um tiro nas costas, enquanto a outra teria sido atingida perto da nuca.

O comerciante apresentou uma arma, com a qual alega ter se defendido. Também foi encontrada uma segunda arma, que estaria com a outra vítima. Zorzan informa que a Polícia aguarda os laudos da necropsia (popularmente conhecida como autópsia), feita pelo IML - Instituto Médico Legal de Paranavaí.

A primeira pergunta a ser respondida é se de fato os tiros que mataram as vítimas saíram de tal arma. O escrivão detalha ainda que o comerciante envolvido não tem passagens anteriores pela polícia, porém, há denúncias não confirmadas de suposto envolvimento com drogas.

Depois da tensão pela violência extrema no Distrito de Aparecida do Ivaí, a situação voltou à tranquilidade, conclui o escrivão Maykon Zorzan, ontem à tarde por telefone.

ENTENDENDO - Os episódios de violência começaram na madrugada de sábado, dia 18 último. Um rapaz de 17 anos foi morto a tiros na própria residência, como confirmado pelo IML - Instituto Médico Legal de Paranavaí, que realizou a necropsia.

Dois dias depois, nova ocorrência, desta vez com duas pessoas mortas a tiros, numa loja da Rua Curitiba. Neste episódio, também a esposa do comerciante preso se feriu e foi hospitalizada, sem risco de perder a vida.

Os três que morreram residiam em Santa Mônica, mas oriundos de Querência do Norte, onde houve os sepultamentos. O adolescente era neto e primo das vítimas do episódio na Rua Curitiba, de 55 e 34 anos, respectivamente. Nesta versão, avô e primo teriam ido vingar a morte do menor, cuja autoria é negada reiteradamente pelo suspeito detido.

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