segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Fidel Castro, rosto e alma da revolução: longa vida, Comandante!



Um grupo de jovens dirigiu a luta contra o regime corrupto e despótico de Fulgêncio Batista, em Cuba, de 1953 até a vitória final, em 1º de janeiro de 1959.

Aquele grupo incluía revolucionários notáveis - Camilo Cienfuegos, Célia Sanchez, Ernesto Che Guevara, Haydê Santamaria, Raul Castro – jovens cujo líder foi um moço loquaz e, apesar da pouca idade, já veterano no embate contra o imperialismo e a tirania que oprimia a ilha: Fidel Castro. Ele tinha somente 32 anos mas já era o comandante inconteste da revolução da qual, nas décadas seguintes, seria o rosto e a alma: a revolução cubana.

Fidel Castro completa neste sábado (13) 90 anos de uma existência profícua, fértil, a vida de um revolucionário que nunca se aquebrantou. Um lutador incansável que é ao mesmo tempo rígido e flexível. E que talvez seja a perfeita encarnação da exigência do verso do poeta latino Terêncio (século II a.C.), adotado como dístico por outro revolucionário notável, Karl Marx: “nada do que é humano me é estranho”.

É com certeza o verso que melhor descreve o intenso interesse que todas as atividades humanas despertam neste revolucionário que conserva, aos 90 anos de idade, o frescor, o bom humor e a boa índole da juventude.

A revolução, sob direção de Fidel, transformou Cuba num exemplo de resistência, determinação e solidariedade internacional para os povos do mundo. Qualidades marcantes do povo cubano, transformadas em orientação do regime de libertação inaugurado em 1959 pelo caráter e bonomia de Fidel sob cuja direção Cuba promoveu mudanças econômicas e sociais profundas. Enfrentou obstáculos imensos – o maior deles foi o bloqueio imposto durante mais de 50 anos pelos EUA. Foram dificuldades incontáveis que aumentaram após o colapso do bloco socialista liderado pela União Soviética no começo da década de 1990.

Mas os cubanos - e Fidel – jamais desistiram. E, à frente da Ilha, fez dela uma potência do bem estar social, com níveis de saúde, educação, esporte, artes, cultura, que se igualam aos das nações mais desenvolvidas e, em muitos aspectos, os superam.

Atividade governamental voltada para o avanço civilizacional cuja face é a do próprio Fidel, e que beneficia a cada um dos cubanos, igualmente – e também a cada um dos seres humanos de outros países onde haja um cubano presente – um soldado, por exemplo, como no passado, em apoio à independência de Angola, ou um médico, como no Brasil e em tantos outros países, como aqueles que fazem parte do Mais Médicos e encantam a população a que servem pela humanidade, humildade e eficiência.

O exemplo vem de cima, como se diz – e o exemplo de Fidel Castro fortalece estas características de seu povo.

Este revolucionário de muitas palavras e ações, que ri de seus próprios contratempos (como na uma foto de Alberto Korda que mostra uma queda de Fidel na neve, em Moscou, rindo como um menino...) não perde o fair-play mesmo tendo sido, por mais de meio século, alvo de 634 tentativas de assassinato contabilizadas pela inteligência cubana.

Rígido quanto aos objetivos da revolução, flexível quanto aos métodos e à tática para cumprir suas tarefas, Fidel Castro iguala aos revolucionários da história ombreia latino-americanos, como Simon Bolivar ou o cubano José Marti. E mesmo vai além deles ao dirigir uma revolução que, defendendo intransigentemente a liberdade e soberania de Cuba, quer de maneira igualmente intransigente a libertação e a elevação cultural da humanidade.

Longa vida, Comandante!

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