sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Estatal boliviana abastecerá o Paraguai com GLP


A partir de outubro, a estatal Yacimientos Petrolíferos Promotores Bolivianos (YPFB) comercializará mil toneladas adicionais de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Paraguai, confirmam hoje fontes institucionais.

A empresa ganhou recentemente uma licitação pública internacional e ficou responsável por parte do abastecimento deste produto no país vizinho.

YPFB demonstra que se encontra preparada para captar mercados interessantes em situações adversas, como aponta sua participação bem sucedida em uma licitação internacional como ofertante, afirmou o presidente da entidade, Guillermo Achá.

Em agosto, Petróleos Paraguaios (Petropar) lançou uma licitação internacional para a provisão de GLP, combustível derivado de petróleo que é também conhecido como gás de cozinha. Ao final da convocatória no dia 8 de setembro, a oferta boliviana foi considerada a melhor qualificada.

O acordo marco assinado entre os governos da Bolívia e do Paraguai para a provisão de gás natural, gás natural liquefeito, GLP e outros derivados do petróleo, significa que a nação guarani terá acesso a uma energia mais barata, gerando um cenário favorável para ambas empresas, indicou Achá.

Com a licitação, começa uma relação comercial entre YPFB e Petropar que permitirá à população paraguaia contar com acesso a energia em condições vantajosas.

Ao mesmo tempo, é reafirmado o processo de internacionalização promovido pela pela YPFB, que já tem uma importante presença em outros países vizinhos, como o Peru, mediante atividades relacionadas à comercialização de derivados de gás natural e petróleo.

O início das operações em 2013 da Planta de Separação de Líquidos Rio Grande garantiu à Bolívia a capacidade de autoabastecer o mercado interno com gás.

Depois, com a inauguração da Planta de Separação de Líquidos Carlos Villegas, na província Grande Chaco do departamento (estado boliviano) de Tarija, começou a exportação de GLP a outros países, cuja demanda tem aumentado.

Graças aos investimentos que começaram com a nacionalização dos hidrocarbonetos em 2006, a Bolívia se encontra em uma posição favorável regionalmente para se converter em um provedor seguro deste produto, argumentou Achá.

No curto prazo, a YPFB prevê realizar estudos para implementar redes domésticas para exportação de gás natural liquefeito, que será regasificado em plantas instaladas em duas cidades paraguaias.

A YPFB é a maior empresa boliviana e uma referência da indústria de gás e petróleo na região, condição que lhe permite desenvolver atividades em nível internacional e impulsionar a industrialização dos hidrocarbonetos nesta nação andino-amazônica.

Via - Prensa Latina

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