quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Em crise com Renan, Cármen Lúcia marca julgamento que pode derrubar presidente do Senado


Pouco antes de entrar em rota de colisão com o Senado por causa da reação de Renan Calheiros à prisão de policiais legislativo pela Polícia Federal, a presidente do Supremo Tribunal Federal Cármen Lúcia agendou para o dia 3 de novembro o julgamento de uma ação apresentada pela Rede que questiona se políticos que são alvos de processos na Justiça podem estar na linha de sucessão presidencial.

Enfurecido com o avanço da PF sobre a Polícia Legislativa, Renan disse à imprensa que ação foi abuso de autoridade deflragrada por um "juizeco", ao que a presidente do STF respondeu que também se sente destratada com a fala do senador.

Na imprensa, a marcação do julgamento, feita no dia 21 de outubro - antes de Cármen Lúcia rebater Renan Calheiros - repercutiu como uma possibilidade de o Senado ter de trocar de presidente.

O STF terá de definir se é possível que um parlamentar que responde a processo criminal perante a Corte ocupe cargo que, por eventualmente, lhe confere a atribuição de ser substituto do presidente da República – caso de Renan.

O presidente do Senado é alvo de ao menos 11 inquéritos no STF. No dia 4 de outubro, o ministro Edson Fachin liberou para julgamento uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente do Senado, no caso da Mendes Junior, no qual Renan é acusado de agir em favor da empresa. Em troca, a companhia pagava despesas pessoais do senador.

A data da análise dessa denúncia pelo plenário do Supremo também será definida por Cármen Lúcia, responsável pela pauta de julgamento de cada sessão.

Caso o plenário do STF aceite a denúncia da PGR, Renan Calheiros se tornará réu e responderá a uma ação penal por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso, lembrou o Estadão.

Via - Jornal GGN

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