quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Greve de educadores chega ao terceiro dia no Paraná

O chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranavaí, Pedro Baraldi, afirmou que das 46 escolas estaduais atendidas no Noroeste do Paraná, seis estão com paralisação total e 20 estão funcionando parcialmente.


Professores e funcionários de escolas estaduais do Paraná estão em greve desde segunda-feira. A categoria protesta principalmente contra a proposta de revogação da data-base dos servidores públicos apresentada pelo governador Beto Richa à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

De acordo com a secretária da APP-Sindicato de Paranavaí e Região, Elvira Maria Isabel Jaroskevicz, a maioria das escolas está total ou parcialmente parada. Pelos cálculos dela, menos de cinco estabelecimentos de ensino estão tendo todas as aulas normalmente.

Elvira informou que equipes do sindicato estão visitando escolas de todo o Noroeste do Paraná, com o intuito de explicar aos professores e funcionários as motivações para a greve da categoria. Com isso, a expectativa é que a adesão aumente nos próximos dias.

A avaliação da secretária da APP-Sindicato é que a aprovação da proposta resultará em prejuízos não somente para os educadores, mas para todos os funcionários estaduais. Na opinião dela, o desmonte dos serviços públicos reflete o desejo do Governo do Estado de terceirizar e privatizar.

Elvira disse, ainda, que além das medidas em curso no Paraná, os educadores protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita investimentos do Governo Federal, e a Medida Provisória (MP) 746, que propõe a reforma do Ensino Médio. “Estamos regredindo, tanto na carreira quanto na qualidade da educação”.

O chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranavaí, Pedro Baraldi, afirmou que das 46 escolas estaduais atendidas no Noroeste do Paraná, seis estão com paralisação total e 20 estão funcionando parcialmente. Em outras 11, os professores não aderiram à greve. Além disso, nove estabelecimentos estão ocupados por alunos.

Baraldi manifestou a preocupação com o cumprimento do calendário escolar de 2016. A previsão era que terminasse no dia 21 de dezembro, mas com as ocupações e a greve, haverá atraso. “Já não vamos terminar este ano”. Na opinião dele, esses dias parados são prejudiciais para os estudantes.

O chefe do NRE de Paranavaí orientou os pais que continuem enviando os filhos para a escola, nos casos em que há funcionamento total ou parcial. Onde a paralisação dos educadores é total, a recomendação é esperar.

Via - Diário do Noroeste

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