sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Morre Dib Lutfi, o poeta das imagens do Cinema Novo

Um dos maiores diretores de fotografia do cinema brasileiro morreu na noite desta quarta-feira, dia 26, no Rio de Janeiro.


Dib Lutfi se foi, o sublime olhar da nova leitura de imagem do Cinema Novo. Quem divulgou a notícia foi seu irmão, o músico Sérgio Ricardo, em seu Facebook. Dib vivia no Retiro dos Artistas, no Rio.

Nascido em 1936, em Marília, interior de São Paulo, mudou-se para o Rio no fim de sua adolescência. Em 1957 inicia seu aprendizado ao trabalhar como câmera na TV Rio. O primeiro contato com o cinema veio através de um seminário promovido pelo Itamaraty, em 1962, com Arne Sucksdorff, um sueco que depois Dib trabalharia como assistente de câmera no longa-metragem de 1964, Fábula - Minha Casa em Copacabana.

Mas foi Sérgio Ricardo quem o levaria efetivamente ao trabalho como cinematografista. Sérgio o chamou para fazer câmera no curta "O Menino de Calça Branca". Ainda como câmera seguiu trabalhando com o irmão, fazendo depois em "Esse Mundo É Meu", de 1963. Esses trabalhos chamaram a atenção dos principais diretores do Cinema Novo, que o requisitaram para seus filmes. A partir daí tornou-se um dos principais olhares a dar forma ao movimento.

Ele trabalhou com Nelson Pereira dos Santos, Arnaldo Jabor e Ruy Guerra. Além disso, suas habilidades com a câmera chamou a atenção de Glauber Rocha, que o chamou para trabalhar em Terra em Transe. Além disso, trabalhou com Eduardo Coutinho, Domingos Oliveira, Carlos Diegues, Nelson Pereira dos Santos, Walter Lima Jr, Roberto Farias, Maurice Capovilla, Alvarina Souza e Joel Pizzini.

Abaixo, veja um documentário sobre o poeta das imagens Dib Lufti



Via - Jornal GGN

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