terça-feira, 1 de novembro de 2016

Delação de Cavendish coloca Sérgio Cabral em maus lençóis

O ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, parceiro do atual governador licenciado Luiz Fernando Pezão, que está para voltar a qualquer momento, ao que tudo indica se encontra no momento em maus lençóis em função das delações premiadas do empresário Fernando Cavendish, contemplado pelas preferências em obras pagas pelos cofres públicos fluminenses.


Por Mario Augusto Jakobskind

Na verdade, denúncias nesse sentido não são de agora, mas antigas e sempre foram abafadas com a colaboração de alguns veículos de comunicação conservadores que, se não apoiavam Cabral, silenciavam sobre as denúncias que agora estão aparecendo via Cavendish.

Os cidadãos contribuintes fluminenses esperam que desta vez tudo venha à tona, não apenas o presente oferecido à ex-primeira dama do Estado do Rio, até porque quando o governo estadual, ou qualquer governo, favorece irregularmente este ou aquele empresário, o prejudicado é o povo.

Jornais e mídias eletrônicas na ocasião preferiram evitar a divulgação das denúncias, possivelmente aconselhados pelos seus respectivos departamentos comerciais. Agora, querendo ou não os departamentos comerciais dessas mídias, devem ser investigados a fundo não apenas secretários de Estado da gestão Cabral, como todos os demais integrantes do governo estadual, inclusive o vice Pezão, que acabou se tornando o substituto do seu aliado.

Como se sabe, o Estado do Rio está falido por má gestão, exatamente por responsabilidade dos que fizeram e aconteceram neste atual e no anterior governo. Não tem realmente sentido apenas apontar o que foi feito antes, mas é preciso saber também os dias atuais, até porque o atual governo é o prolongamento do anterior.

Sem que isso aconteça vai ficar difícil, talvez impossível, convencer os cidadãos contribuintes que as investigações são mesmo para valer ou apenas uma forma de da uma satisfação incompleta para a opinião publica.

É este o momento, apesar de se saber que o PMDB continua no poder estadual fluminense e em âmbito federal. Não se pode aceitar que se poupem figuras marcadas, só porque hoje são governo ou mesmo apoiadores incondicionais.

Este mesmo raciocínio é válido para o atual Ministro do Exterior, José Serra, acusado por executivos da empresa Odebrecht de receber doações ilícitas, mais de 20 milhões de reais, em uma conta na Suíça.

É preciso, em suma, que a opinião pública seja informada com precisão. E que a mídia conservadora não esconda o fato. Se isso não acontecer será reforçada a tese segundo a qual somente um setor político é objeto de divulgação dos malfeitos.

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