quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Santos celebra aprovação de acordo de paz no Senado colombiano

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, celebrou a aprovação do recente acordo de paz com as FARC-EP na plenária do Senado, ao mesmo tempo em que manifestou otimismo pelo debate de hoje na Câmara dos Representantes.

O referido pacto foi apoiado com 75 votos a favor e nenhum contrário, o mandatário comentou em sua conta do Twitter depois de agradecer o apoio dos legisladores ao documento conclusivo dos diálogos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP).

Segundo a Rádio Caracol, a bancada do Centro Democrático - crítico severo do documento- participou na análise de 12 horas, mas não na votação final.


Na sessão escutaram-se as declarações do advogado Humberto da Rua, quem se destacou como chefe dos porta-vozes governamentais nos diálogos com esse movimento guerrilheiro, bem como de promotores do Sim e do Não no plebiscito.

O atual consenso tem como base o inicial oficializado em Cartagena das Índias no final de setembro e rechaçado depois pela maioria dos participantes nesse exercício democrático.

A partir de então, Santos convocou a um diálogo nacional com vistas ao reajuste do texto, no que finalmente se incluíram modificações, ampliações ou precisões em 56 dos 57 eixos temáticos renegociados.

Não obstante as mudanças, o CD -encabeçado pelo ex-presidente Álvaro Uribe- mantém uma oposição férrea frente a uma parte do acordado com essa guerrilha, a principal envolvida na guerra interna.

Nesta quarta-feira, a Câmara dos Representantes deverá discutir o conjunto de convênios e submetê-los a votação.

O mecanismo de autentificação pela via do Congresso foi escolhido pelo Governo e as FARC-EP como o mais adequado, decisão que teve o apoii do Conselho de Estado, políticos, defensores de direitos humanos e outras personalidades.

Ao referir-se ao plano de paz, o ocupante da Casa de Nariño explicou que a legitimação no órgão legislativo máximo abrirá as portas à fase de implementação.

Defensores do processo pacificador como De la Rúa, confiam que a Corte Constitucional aprove o emprego do método de fast track, o qual facilitaria a rápida tramitação das leis imprescindíveis para aplicar em sua totalidade o acordo com as FARC-EP.

A rápida aplicação do pactuado é fundamental para impedir o desmoronamento do cessar fogo bilateral e a perda de mais vidas, enfatizou o chefe de Estado em uma carta dirigida ao Parlamento.

Prolongada durante mais de meio século, a guerra deixou 300 mil mortos, quase sete milhões de deslocados de seus lugares de origem e ao menos 45 mil desaparecidos.

Via – Prensa Latina

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